Monday, November 26, 2012

CASOS, CAUSOS & ACASOS

DIGNIDADE

    Sô Zezinho Carneiro e Da. Petita vieram de Sem Peixe para o Prata no ano de 1965.
    
    Adquiriram um imóvel da família do Sr. Dolor Perdigão, situado na Praça Francisco Mendes e uma propriedade rural denominada "Bento", e por um bom tempo Da. Petita oferecia pensão em sua residência, para estudantes de outras localidades que no "Marques Afonso" estudavam.

    O casal teve onze filhos, sendo quatro homens (Zezé, Chico, Acácio e Zinho) e sete mulheres (Ana, Maria Clara, Joana, Dora, Imaculada, Rosália e Graça).

    Pois bem, de quando em vez eu parava com ele no alpendre da sua casa, uma vez que a rua onde ele morava era meu caminho de rotina.

    Contava-me ele alguns casos de antigamente, a vida na zona rural, beira do Rio Doce, o Município de Dom Silvério na época com a estrada de ferro funcionando. Confidenciou-me certa vez que gostava muito de futebol, embora não se considerasse um entendido no assunto.

    Recentemente, quando da sua ida ao encontro do "Senhor", ocorreu-me lembrar de nossas conversas durante todo este tempo, já que ele se foi aos 94 anos e mudara-se para o Prata aos 47 anos, portanto tivemos muitas oportunidades de trocar idéias. Homem convicto de sua fé, com espírito de religiosidade, fraternidade, bondade e um comportamento sempre sereno. Lembrei-me de que em  nossas conversas nunca ouvi dele um lamento, era inerente a ele saber lidar com as dificuldades que nos aparece durante a vida. Seu modo de viver e agir confirmou que a educação, a cortesia e a gentileza são virtudes que não se aprendem em bancos de faculdades, são exemplos de berço, comprovando que a "árvore boa produz bons frutos".

    Nós, pratianos, agradecemos muito ao Senhor pelos grandes ensinamentos que nos deu,  pela sabedoria de ouvir e pela fala sincera que servia para enobrecer o silêncio.


   Com Deus, Petrônio.

Nov/2013