Sant’Ana do Alfié, às vezes chamada simplesmente de Alfié, é distrito do município de São Domingos do Prata depois de ser desmembrado do município de Itabira. Localiza-se na região do Rio Piracicaba, uma das bacias secundárias do Rio Doce no centro do estado. Quanto ao nome dado ao distrito se divergem as opiniões. A mais aceitável e, entretanto, a referente á qualidade do ouro que ali se extraia. Os compradores daquele metal pediam “Ouro Fiel’; isto é, ouro de boa qualidade ou bem pesado, ao fiel; vocábulo que corrompido, tornou-se ‘Alfié” chegando aos nossos dias. A região começou a ser citada em documentos por volta de 1713, quando o paulista Capitão-Mor João dos Reis Cabral descobre terrenos auríferos na região do atual município de Rio Piracicaba. Este município dista de São Domingos do Prata apenas 30km. Em 1730, época quente do ciclo do ouro, quando cidades como Ouro Preto, Mariana, Sabará e ou
tras iam se destacando no cenário político, social, econômico e cultural do Brasil, foi a ocasião em que dois irmãos: João e Alexandre dos Santos Leite tentaram a mineração e cultura na região do atual distrito de Sant’Ana do Alfié. Em 1730, trazendo consigo cerca de 40 trabalhadores apossaram-se dos terrenos que, posteriormente, se denominariam Alfié, Galinheiro, Piedade e Sumidouro, estabelecendo-se aquele na primeira posse e os outros nas demais. Estabeleceram condições entre si, no sentido de que se algum deles se retirasse dali, o outro o acompanharia. Terrenos em grande parte inferiores, escassez do ouro e receio de agressão dos bugres, deram motivo para que vendessem suas propriedades ao português Francisco Rodrigues da Rocha, pela importância de nove mil cruzados, venda que realizou em 1740, reservado, João dos Santos Leite, o terreno que doou para o patrimônio de Sant’ana, onde foi construída uma capela pelo próprio João dos Santos Leite. Os principais atrativos turísticos são: a Cachoeira do Prequeté (A queda d’água que tem como curiosidade dividir, exatamente no local ande a queda começa os municípios de São Domingos do Prata e Antônio Dias); a Pedra da Baleia (um enorme paredão que em meio a vasta vegetação da região dá a impressão de uma baleia deslizando nas águas do mar); a Igreja Matriz de Sant’Ana; a Capela de Sant’Ana; a Cruz de São Gonçalo (comumente chamada pelos moradores do distrito de “Cruz Dourada” ou “Cruz do Jambreiro” é um local onde romeiros de todo o estado visitam em busca de cura e graça divina. Todas os anos, no dia 3 de maio, acontece a “Festa da Cruz Dourada”; o Casarão (uma das mais antigas construções que possui mais de 20 cômodos).
