Monday, March 18, 2013

CASOS, CAUSOS E ACASOS

MEU PRIMO JAMIM

Algumas pessoas marcam nossas vidas, e interessante; a mim particularmente, por coisas tão simples, mas que se tornam tão grandes neste mundo individualista, competitivo e exageradamente, repleto de aparelhos eletrocosmogônicos; email, fax, mensagem, teleconferências e tantas outras novidades, em que as pessoas não se olham, não se tocam, não conversam (ouvir então!...); o mundo vive virtual.

Todavia, posso dizer que tive a oportunidade de viver um momento anterior a este; tanto que escrevi sobre algumas pessoas com as quais convivi, e possuiam virtudes que me chamaram a atenção. Foi assim com Da. Celita (mãe de Sandro e Tadeu), Bené de Euclides de Ilhéus, Sô Zezinho Carneiro, Dr. Matheus, João Braz, meu tio Jadir e tantos outros.

Hoje ocorreu-me falar do primo Jamim, uma pessoa que Deus desenhou um constante sorriso em seu rosto. Fala pausada e tom ameno. Desde que o conheci passava-me ele a impressão de uma constante paz interior. A bondade em suas palavras criava confiança e em dádiva alimentava o amor pela família. A bondade não é algo que se mostre, mas sim algo que se deixa ver. É um investimento que nunca vai à falência, pode até ser oculta, mas jamais se extingue.

Homem amoroso com a família, filho da minha tia Judite, irmã mais velha (das mulheres) de minha mãe Analita. Lembro-me de minha mãe dizendo haver ido ao casamento dele com Maria Alice, nutria por ele um carinho especial e não raras vezes ele a visitou quando, ela, permaneceu seis anos acamada.

Outra característica dele era a humildade, pois parecia saber que "sentir" é mais do que apenas "pensar", que necessitávamos mais de humildade do que de máquinas e que tratar amigos com cortesia e os mais desfavorecidos com nobreza era como se tivesse pedindo a Deus a chuva mansa desejada, caindo na longa noite escura, numa sedenta terra e num telhado velho.

Caro primo Jamim, foi assim que consegui te ver durante a sua vida. 

Abraço!...