Friday, September 27, 2013

CALANGO DELA ( DE CELSO ADOLFO )

Ouvi no rádio um tal cantor
Cantando um tal de mambo
Agora aqui quero contar nesse calango
Que eu pensei foi nela
Lembrei foi dela
Eu sou franzino e a vida sabe
Que eu sou diminuto
Eu só cresci meio metro
De um pé de arbusto
Quero te alembrar
Que esse calango é dela
Eu não sou de ficar prá trás
Eu não sou de chiar canela
Eu tenho a vida
E dela eu monto sentinela
Então, não como rapa, pá de gamela
Eu canto por meia tigela
Da presença dela
Estrela bela que caía na janela
Brilhava a minha vida
Meu amor brilhava nela
Eu decifrei dizer que o amor
É touro marroeiro
Quando ele pisa dói
na vida o ano inteiro
Por ela tô cantando
O meu luar de seresteiro
De noite tô sem ela
Igual que nem sem travesseiro
Sem ela sou pedaço
Da metade do inteiro
Eu sou franzino e a vida sabe
Que eu não sou doutor
Que eu sou menino
Lambuzado desse amor
Que foi prá não voltar
Não voltou nem me levou