Wednesday, December 19, 2018

GERAÇÃO COCA COLA E O VAZIO NA ALMA


Carinho é tudo. Esta afirmação faz parte da cultura japonesa, onde as crianças são ensinadas a verem os mais velhos como exemplo de sabedoria, que merece ser respeitado. No Japão existe até o Dia do Respeito ao Idoso. (Keiro no Hi)


Já no Brasil surgiu a geração de pais sem filhos presentes, por força de uma cultura de independência levada ao extremo. Muitos filhos adultos chegam até ficarem um pouco  irritados por precisarem acompanhar os pais idosos aos médicos ou a  laboratórios. Reclamam  pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo exato, e da  sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões.

A evasão dos filhos em busca da sobrevivência e do desenvolvimento sempre ocorreu. Em busca de trabalho, estudo o que não deixava de ser um rompimento, geralmente tornado em definitivo, caso a vida não lhes proporcionasse um reencontro, uma reunião.

O filho hoje tem a tecnologia para o contato com os pais e às vezes estas mensagens na telinha trazem o afeto, a saudade, e de certa forma ameniza a distância.

Mas,  infelizmente por razões várias surgiu  uma geração de “pais órfãos de filhos”. Mas mesmo assim há pais que não se negam a prestar ajuda financeira a estes filhos. Pais mais velhos que sustentam os netos nas escolas e que até antecipam herança.

A pressa da vida moderna e a crescente competição mudaram alguns costumes. Hoje não há mais uma conversa amena dos filhos com os pais, não compartilham histórias e fatos; tudo veloz, fugaz, incerto e instável.

“O desespero calado dos pais desvalidos, órfãos de quem lhes asseguraria conforto emocional e, quiçá material,  faz parte de uma genuína renúncia da parte destes pais, que ‘não querem incomodar ninguém’, uma falsa racionalidade – e é para isso que se prestam as racionalizações – que abalam a saúde, a segurança pessoal e  o senso de especial atenção.

Temos também, por partes deles, um certo  medo de perder o pouco que seus filhos lhes concedem em termos de atenção e presença afetuosa. O primado da ‘falta de tempo’ torna muito difícil viver um dia a dia em que o ser humano está sujeito ao pânico de não ter com quem contar.”

Não tenho autoria.

Conclusão : Acrescento que a situação acima não tem o condão do absolutismo, mesmo porque na vida existem o que denominamos de relativo. Cada família tem o seu modo de lidar com a situação acima exposta cabendo pois uma necessária reflexão.