Monday, January 28, 2008

A RELAÇÃO AFETIVA


Estamos em tempo de profundas transformações, modificando-se o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar juntos, e não mais uma relação de dependência, em que se responsabiliza o outro pelo seu bem estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, está fadada a desaparecer.
A premissa de que o amor romântico é a junção de uma fração que deve encontrar a sua outra parte para se completar, pode, na prática, promover a despersonalização de um, para se amalgamar ao projeto do outro.
Existe ainda a teoria da ligação entre opostos: O(A) outro(a) tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso(a), ela(e) deve ser agressiva(o).
A palavra hoje é parceria, pode soar um tanto comercial, mas não o é.
As pessoas estão perdendo o pavor da solidão e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Às vezes gostamos e desejamos determinada companhia, mas não precisamos, o que é diferente (amor-necessidade, amor-desejo).
Começamos a sair da idéia de fração para nos sentirmos mais inteiros. O(A) outro(a) também tem suas dificuldades e não é príncipe ou salvador de coisa alguma. É APENAS UM COMPANHEIRO DE VIAGEM.
O homem vai mudando o mundo, e depois; reciclando-se para se enquadrar à nova situação que ele próprio fabricou.
Estamos na era da “individualidade”, o homem alimenta-se e realimenta-se da sua própria energia, diferente do egoísmo (que é alimentar-se da energia do outro).
O amor está com nova feição e significado. Visa aproximar dois inteiros e não unir duas metades; por isso é importante trabalhar a individualidade. Viver sozinho com competência é sinal de bom preparo para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, dá dignidade à pessoa; não existe vergonha na solidão, este é um pensamento ultrapassado.
O importante hoje é aprendermos que não exigir do outro, é uma forma de crescer. A relação de dominação e de concessões exageradas são coisas de outros tempos (cada cérebro é único).
Tentar fazer de alguém nossa alma gêmea pode ser uma forma de inventá-lo ao nosso gosto.
Por isto, estar só, de vez em quando, é importante para o estabelecimento de um diálogo interno, avaliando sua força pessoal; e entendendo que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro de si próprio e não a partir do outro. Com isto bem compreendido, temos a chance de tornarmo-nos menos críticos e mais compreensivos quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é saudável (aconchego, prazer, companheirismo, respeito, carinho e ternura).
Ailton Petrônio de Castro

Saturday, January 12, 2008

ATRAVESSANDO O NÔ

Na travessia do Nô
Há muita alegria; descontração
travessia é esta:
De cá pra lá;


Nesta travessia a gente;
Na semana Santa
Atravessa o Mar Vermelho;
Em Julho dançamos quadrilha;


E tem mais:
Este ano participamos das olimpíadas;

Falando de cá, pra lá e,
De lá pra cá
Esquecemos porém,
Das subidas e descidas,
Nas escadas de sua casa.

É aí que entra a primavera;
Muitas flores...
Dentre elas trepadeira
Bouganville, brinco-de-princesa e


Agora Nô, falando sério
Entre uma e outra brincadeira...
Aprendemos muitos com você;
O seu otimismo e garra


Nô, quando nós o amparamos,
Nas travessias;
A nossa alegria e satisfação aumentam
Por ser você para nós Nô, mais que demais,
Muito especial.

Maria de Lourdes Vianna Campos

Homenagem a Nô Barbeiro

São Domingos do Prata – 16 setembro de 2003.

PARA REFLETIR

O orçamento nacional deve ser equilibrado.

As dívidas públicas devem ser reduzidas,

a arrogância das autoridades
deve ser moderada, equilibrada e controlada.
Os pagamentos a Governos estrangeiros

Devem ser reduzidos, e

As pessoas devem novamente,

Aprender a trabalhar, em vez

De viver por conta pública.



Marcos Tullius Cícero; Roma 55 A.C.

(Veja que este texto é de 55 anos Antes de Cristo, parece algo atual ? )

Friday, December 28, 2007

TRABALHADORES

Leandro e Renato.



Wednesday, December 26, 2007

SEMEADURA

Semear é a oportunidade que Deus nos dá. Tema muito oportuno e tão necessário face aos interesses materiais tão crescentes no ser humano e a supervalorização da aparência, da estética, em detrimento da generosidade, da partilha.
Importante perceber que às vezes o que semeamos no presente, parece não ter importância, mas com certeza, as conseqüências virão, elas são inadiáveis.
A palavra de Deus dá muita importância em relação às nossas atitudes com os mais próximos, principalmente aqueles que fazem parte do nosso círculo de relacionamento.
É comum que se tolere os desaforos do chefe, vizinhos e colegas, mas quando chegamos em casa estamos tão sobrecarregados, que despejamos tudo em cima dos filhos, da esposa ou do marido, com isso, fazemos pessoas enfermas, pois se convivem conosco, aprendem conosco.
Se não valorizarmos aqueles que são ligados a nós, por laços da amizade e parentesco, futuramente, farão o mesmo com sua geração. É preciso cuidar para semear coisas boas na vida dos que nos cercam.
Para que guardar lençóis lindíssimos no armário para usá-los só quando receber visitas? O que estamos semeando? Voz baixa e suave para os estranhos e a família fica com os gritos, o escândalo, o desequilíbrio emocional.
É hora de acordar. Como seremos tratados amanhã? Veremos nossas atitudes se repetindo na vida deles?
O que semearmos hoje, seremos obrigados a colher amanhã.

Monday, December 10, 2007

FOTOS DR JOSÉ ALENCAR - VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA - FEDERAMINAS

As fotos a seguir são do evento promovido pela FEDERAMINAS na Expominas em BH.

Ailton Petrônio de Castro recebendo a medalha do Mérito Empresarial de São Domingos do Prata - MG

BH – 7/12/2007

Vice-Presidente da Republica José Alencar e o Empresário do Ano, Ailton Petrônio de Castro.

Sunday, December 09, 2007

7 DEZ 2007

As fotos a seguir foram tiradas dia 7 de Dezembro, no

Monday, December 03, 2007

DECO


Tio Vanderlei, Renato, Ana Luíza, Tia Lada, Aline e Luis Augusto durante o almoço de comemoração do crisma de Renato, Ana Luíza e Luis Algusto.


Renato, Aline, Ana Luíza e Luis Augusto

Wednesday, November 28, 2007

OCASIÃO: RECEBIMENTO DE PLACA COMO EMPRESÁRIO DO ANO

FALA PROFERIDA EM 30/11/2007
LOCAL: PTC
OCASIÃO: RECEBIMENTO DE PLACA COMO EMPRESÁRIO DO ANO

Em rápidas palavras gostaríamos de aproveitar este momento para uma reflexão sobre a essência da vida humana em sociedade.
O mundo de hoje é moderno e dinâmico, o que muitas vezes pode nos deixar no mesmo compasso da máquina e esquecermos do exercício diário da paciência e da vida simples. O trabalho não pode ser exclusivamente pela recompensa material, há de se encontrar prazer em exercitá-lo.
A essência do homem não se encontra apenas em bens materiais ou posição social; aos olhos da vida o que importa é o que REALMENTE SOMOS. A verdade é o que importa, por isto é que se diz que a prática do BEM exige mente de homem e coração de menino.
Finalizamos agradecendo sinceramente esta homenagem, entendendo-a muito mais como fruto de gentileza e bondade por parte dos membros desta Entidade do que por algum mérito pessoal, dizemos isto porque estamos num momento de vida onde devemos buscar, mais do que sermos compreendidos, vivenciarmos a compreensão.

QUE DEUS NOS PROTEJA!

Muito Obrigado.

AILTON PETRÔNIO DE CATRO

Monday, November 05, 2007

PAI NOSSO

Ocorreu-me uma interpretação pessoal do “Pai Nosso”, fiquei tentado a fazê-lo embora sinta que são frágeis meus conhecimentos de filosofia e teologia. Mas insisti pensando que quando dizemos Pai Nosso que estais no céu, significa reconhecer a existência de um Ser Superior em sintonia com o universo e que o vir a nós o seu reino, é reconhecer que estamos sob o comando de uma energia positiva na terra (matéria) ou no céu (espírito), e para fazer o bem, porque esta é a vontade que move a vida.
O homem deve trabalhar, ocupar-se para dignificar o direito ao alimento, à sustentabilidade da família e principalmente à preservação da saúde.
Na eterna análise interior de cada ser humano vem a nossa maior dificuldade: o perdão. Oramos pedindo e oferecendo perdão, mas sabemos que na prática cotidiana não é assim tão simples vigiar nossa conduta. Deveríamos ser diferentes, para que alimentar o ódio, o rancor, o ressentimento se não temos domínio nem mesmo sobre a medida dos nossos dias? Nem percebemos o quão somos frágeis.
No fundo a matéria humana que é apenas aparência, briga por um nada, amontoa riqueza e não sabe nem quem a vai recolher (salmo. De Davi).
“Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. Errar é próprio do ser humano, por isto a passagem bíblica atire a primeira pedra aquele que nunca transgrediu. A nossa vida é uma busca constante de aperfeiçoamento, por isto é que temos que estar vigilantes para não se voltar para a soberba, nem seguir a mentira ou os mentirosos, não mascarar a justiça, falar da fidelidade e da lealdade, não ocultando a verdade. Portanto, livrar-nos do mal é ter compaixão, generosidade, compreender que as culpas afligem a todos os humanos.
Concluo na certeza de que o Pai Nosso cuida do abandonado, auxilia o pobre e indigente, porque a sua doação não é material e sim espiritual, por isto muitas vezes temos dificuldades em compreender e aceitar as grandes diferenças sociais, as catástrofes ou as tragédias que afligem o mundo em seu irreversível modo dinâmico de ser.


Friday, October 26, 2007

O PERDÃO

Difícil, mas não é impossível. É deveras um tema interessante. Ao efetuá-lo em seu coração você pode não mudar o passado, mas é certo que estará engrandecendo o futuro. Se estamos nesse mundo para crescermos no plano espiritual... melhor acolhê-lo. Quanto mais depressa se oferece o perdão mais tempo vive-se em reconciliação.
É assim, escrevo sobre o perdão e talvez não saiba perdoar, mas vou teimar na prática desta ação, pois é neste momento que se precisa do próximo, às vezes do próprio ofendido.
O perdão induz à paz e ao término dos conflitos. Se Israel e a Palestina usassem a arma do perdão, até entre as próprias famílias haveria mais união.
O próprio Jesus pouco antes de expirar perdoou o ladrão que estava a seu lado. Então se Jesus é mesmo a essência do perdão, negá-lo ao próximo seria negar a própria existência de Jesus.
Jesus Cristo ainda foi mais longe, pediu ao Pai que perdoasse aos que lhe ofendiam.
Aproveito este momento para, de coração, se um dia alguém me entristeceu e mesmo que não tenha merecido, digo-lhe “o culpado sou”; e ao mesmo tempo quando me sentir acusado dentro do meu coração, dirijo-me até ao ofendido e “lhe imploro o seu perdão”.
Concluo que amar a quem nos ama a ninguém fará mal, mas o ideal é amar a quem de certa forma tenha nos ofendido.



Ailton Petrônio de Castro

Thursday, October 25, 2007

PEDIDO DE DESCULPAS

Primeiramente quero pedir desculpas por não ter conseguido em muitos momentos de minha vida, ter contido a minha vaidade. Mas Senhor! Só agora descobri os perigos deste embriagante sentimento.

O homem na ânsia de ser brilhante, atraente e poderoso vem sendo alimentado pela cultura do sucesso. Daí as guerras, dificuldades ambientais e até mesmo os pequenos problemas do cotidiano, são frutos da vaidade. No pensamento do homem não há espaço para o fracasso, temos que ser super (homens e mulheres), a realização pessoal só se efetiva através de conquistas materiais, roupas finas, aparência física, status social, carros de luxo e outras futilidades.

Bombardeamos nossas crianças e jovens com inúmeras atividades. O que vale é estar no pódio, é a riqueza e o status. Com conforto e um padrão de vida superior... matamos o outro de inveja, e então começamos com estas atitudes a negar nossa verdadeira condição humana.

É bom lembrar que perante a natureza ninguém tem poder.

A impressão que se tem é que o modernismo está orientado e obcecado pelo poder. Já não há mais o respeito à autoridade. A conduta sexual, mais livre, passa a ter mais importância do que os sentimentos. O exibicionismo é latente. As pessoas acham-se voltadas para sua própria imagem, embriagadas pela ânsia incontrolável do poder.

A meus filhos peço desculpas, pois somente agora percebi que também tenho que controlar minhas vaidades, porque só posso lhes servir como orientador se me constituir em uma fonte de bom exemplo.





Monday, October 22, 2007

MAIS DEVAGAR

Existe uma ansiedade generalizada, aqui estou como maior prova deste fato, apesar de sentir que a urgência não tem surtido efeito em meio a esta ânsia (correria).
Há um grande movimento no mundo tentando provar que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, curtindo seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.
A base de tudo reside no questionamento da “pressa” gerada pela “competição”, pelo apelo “à quantidade do ter” em contraposição à qualidade de vida ou à “qualidade do ser”.
A “atitude sem-pressa” não significa fazer menos, nem menor produtividade, significa fazer as coisas com qualidade e racionalidade. Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer e das pequenas comunidades. Do local, presente e concreto, acompanhado dos pequenos prazeres do dia-a-dia, da simplicidade do viver e conviver e até da religião e da fé.
Vamos lembrar do:
“Devagar se vai ao longe”
“A pressa é inimiga da perfeição”
É interessante perceber que em um momento se vive uma vida. O presente é mesmo o único tempo que existe. O tempo, todo mundo o tem por igual, são vinte e quatro horas por dia para todos igualmente.

É mesmo como disse John Lennon: “A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro”.


Ailton Petrônio de Castro

Tuesday, October 09, 2007

QUANTO TEMPO TEMOS ?

Não é neste relógio que você acaba de olhar, a esta pergunta nem o mais sofisticado “suíço” responderia com precisão. Avaliar o nosso tempo de vida é impreciso, mas avaliar e reavaliar a nossa vida é preciso.

Todos nós temos problemas de relacionamento, depressão, violência, conflitos culturais e também temos problemas para pagar as contas no fim do mês.

A vida é cheia de surpresas: “a mulher sonha em se casar com um príncipe, mas acaba se casando (metaforicamente) com o cavalo do príncipe”.

Quanto tempo temos?

Depois que se tropeça na primeira pedra a solução é superar, reavaliar a situação e superar o medo. O medo de ficar só, de não retornar para a sua família.

Quanto tempo temos?

Na vida quando se sente o desafio entre os seres humanos, o trabalho terapêutico é fazer com que o homem e a mulher cresçam juntos, mas sem competição.

E aí quanto tempo temos?

Admitir que todo ser humano precisa crescer na própria condição de lidar com a questão da liberdade, da liderança, e da tomada de decisões. É uma realidade totalmente nova.

Quanto tempo temos?

Estar fazendo sucesso profissional ou feliz no exercício de faxina é uma questão a considerar. Sonhar com um príncipe que não vire sapo depois do primeiro beijo, requer muita maturidade e equilíbrio.

Lamentavelmente tem-se perdido o contato com o ser, as pessoas vivem para brigar (será que casam para brigar?).

Seria bom que tivéssemos planos melhores.

Será que como homens estamos sabendo lidar com a questão da emancipação da mulher? Quanto tempo temos?

Dizer que tanto o homem como a mulher deveriam administrar o tempo e os recursos de forma madura, tomando as decisões na hora certa. É FALAR O ÓBVIO!...

As manifestações de vingança, as manipulações e as atitudes precipitadas não são de bom tom para ninguém, pois no lugar disto deve estar a necessidade de ajuda por parte do homem ou da mulher.
Quanto tempo temos?

O homem sente-se na obrigação de ter respostas quando ele se sente acuado, e não sabe lidar com isto. Evidentemente que o homem precisa perder o complexo de super-herói e dizer que está sendo constrangido, provar, com exemplo de vida, o que realmente acontece. Existe uma predisposição do sistema em não acreditar no homem. E ele precisa dizer que o tratamento que está recebendo é inadequado.
Quanto tempo terá?

É preciso ter paciência e equilíbrio interior, virtude fundamental em qualquer relação; talvez seja o caso de não fazer uma faxina nas mansões dos ricos, mas sim dentro de nós, buscando sermos mensageiros de novas idéias, pois a verdade é que o passado se foi.

Descobriu quanto tempo você tem?...


Ailton Petrônio de Castro

Thursday, September 27, 2007

HINO A SÃO DOMIGOS DO PRATA

Letra – Guiomar Garcia
Música – Anastácio Ubaldino Fernandes


São Domingos do Prata é teu nome
Por motivos já bem conhecidos:
Padroeiro de excelso renome
E argênteo rio em tempos já idos.

Em constante e renhida peleja
Que nem sempre o ideal conquistou,
Mais que nunca teu povo hoje almeja
Teu progresso que sempre sonhou.

Refrão: À cidade mui querida
Nosso preito de afeição
Seja aqui a nossa vida
De amor, paz e união.

Surge agora esperança fagueira,
Cresce novo e fecundo ideal.
Toda gente desperta ligeira
Confiante em seguro fanal.

Pratiano, a esta terra querida,
Dá teu braço, tua força e amor,
Teu trabalho em ânsia contida,
Que ela cresça em contínuo valor.

Monday, September 17, 2007

PARA MEU PAI



 É pai, já completei várias primaveras sem o senhor. Às vezes sinto-me muito egoísta pela saudade imensa que tenho, já pensei em até, sem saber o que me resta, em trocar um tempo de vida pelo direito de dar-lhe mais um abraço, mas este tipo de negociação não está disponível neste mercado chamado vida.

Cada fato que me acontece vem a lembrança do senhor, até algumas pequenas desavenças que tivemos, todas porque não tinha a compreensão da vida que hoje tenho, e certamente não teriam existido. Mas é sempre assim, depois que se tem filhos é que entendemos mais os nossos pais.

As minhas lembranças são como todas, algumas boas, outras nem tanto. Lembro-me que quando estudava no Colégio Interno em Itaúna e ficava quase um ano sem vê-lo, morria de saudades. Um dia o senhor telefonou de Monlevade para Itaúna (Prata não tinha telefone) e falou comigo, quase morri de alegria e depois chorei de saudades, como agora.

A infância simples até os dez anos sempre nos reservou o direito ao cinema nos domingos, filmes de Faroeste (Zorro, Durango Kid e até o Tarzan) e futebol à tarde no campo do Atlético; além do guaraná que era o vício das crianças da época. Acompanhava-o sempre junto com o time do Nacional, íamos até em carroceria de caminhão. O Nacional Esporte Clube era uma paixão para meu pai (que foi seu primeiro Presidente).

Em meio a todas estas lembranças fico a pensar como o senhor era democrata; um vascaíno que me deu uma camisa do Fluminense, nunca exigiu que pensássemos como ele ou seguíssemos suas preferências; isto nem eu consigo praticar, mesmo depois de ralar em faculdades e já ter passado dos cinqüenta; o senhor não, era uma democrata nato, não escolhia nada para os filhos, trazia dentro de si um inigualável respeito pelo próximo. Acompanhei o senhor em tudo porque quis, apenas tornei-me (eu e Vanderlei) atleticanos em Minas, porque o senhor (que era americano) levou-nos ao Estádio do Jacuí em Monlevade para ver o Atlético Mineiro dar de 8 na Seleção Monlevadense, época no Galo de Edgar, Benito, Haroldo, Alvinho, Amorim, Dino, William e Barbatana, e em João Monlevade, de jogadores como Miltinho, Carlinhos, Vacari, Caroço, Gigante, Afrânio e outros da áurea fase de Clubes como Metalúrgico, Belgominas e Vasquinho.

Quando éramos crianças o senhor tinha mania de nos beijar, esfregar a barba na gente. Sempre dava aquela olhadela pela porta de nosso quarto para ver se estávamos dormindo e à vezes permitia que a gente dormisse na cama com o senhor. Sempre protetor. Lembro-me das suas brincadeiras e eu me aproveitava para pedir coisas que queria, só para sentir que, apesar das traquinagens, você me amava e sempre me perdoava. E às vezes achava até graça!

Hoje, crescido, fruto maduro, imagino quantos filhos não sentem-se como eu. Isso me consola.

Não posso dizer que estou infeliz pai !

Apenas sinto saudades,  sua falta ao nosso lado, pois não há como ninguém invadir este lugar, onde sempre há de morar, assim poderemos continuar a ter:
Seu olhar...
Seu sorriso...
Seus gestos...
Mas não podemos reclamar, tivemos chances de ouvir palavras que só você sabia dizer e por isto vemos no seu retrato uma luz que ilumina o nosso quarto, enquanto o senhor espiritualmente constrói nosso novo caminho para um dia estarmos todos juntinhos.

Um abraço,


Friday, September 14, 2007

Tuesday, August 28, 2007

CASOS, CAUSOS & ACASOS

BICHO DO MATO

Descobri que sou (meio) bicho do mato, ou estou me tornando. Na cidade vou, volto, mas estou sempre me sentindo um estranho. Nem a herança de meus avós maternos, roceiros vindos de Catas Altas para Major Ezequiel (Fazenda das Pacas) depois para o(s) Gomes do Prata (Fazenda do Vai-e-Vem) até então não havia feito de mim um bicho do mato. Mas agora... Desaprendi a viver no meio da multidão, nem vou mais ao Mineirão. Praia apertada, saltar entre as toalhas estendidas, tomar bolada de frescobol ou levar uma trombada de um jogador de peteca, não tem sido mais a minha onda. De novidades eletrocosmogônicas (seria isso mesmo?...) Celular, fax, computador, Ipod, mp3 ou 4 (já tem 5?), play station, www e email não sei nada. E restaurante?... Quanto mais vazio, melhor; é uma dificuldade para achar mesa e ser atendido, um alívio quando consigo pagar a conta.

Não sou mesmo bicho do mato?

Novela? Só aquelas que têm paisagens, o verde da natureza, animais; se for dentro de apartamento, com trama de traição, o personagem fica “rico” ou pobre” num piscar de olhos, dissimulação e o valor material acima do espiritual. Tô fora.

E o trânsito?

Aquela confusão, palavrões, placas para todo lado e a pressa para o inadiável compromisso com o nada, Deus me livre!

Parece que tenho origem indígena para venerar tanto a natureza. Fico meio sem graça quando a conversa é sobre sexo (não sou moderno então?), se durante uma celebração religiosa na hora da confraternização tenho que abraçar o irmão do lado, que timidez! Tem hora que gostaria de ser invisível. Compras em supermercado lotado? Fujo...

Acho que com todo esforço, ainda sou mesmo um conservador, muito tímido, principalmente se tenho que perguntar a alguém onde fica o banheiro (?).

Gosto de frases de efeito, livros, textos, revistas (principalmente as mais velhas), não leio cardápio, mas infelizmente leio bula de remédio.


Não tenho pedigree, sou mesmo cachorro do mato !


Wednesday, July 11, 2007

CASOS, CAUSOS & ACASOS



UM HOMEM SEM PIEDADE

O sobrinho Carlos Augusto brindou-nos com a sua estréia no "Jornal Estado de Minas" em 10 de julho de 2007, exatamente quando o seu avô faria 84 anos. É assim a vida. O vovô era um leitor assíduo do Estado de Minas e certamente, lá no céu, ficou feliz por você. Parabéns!!! Tio Petrônio.




“Filho da p...!!!”, gritou para o rapaz que corria. “Pega ladrão, pega ladrão!”. Ninguém parecia se importar. É assim: cada um com seus problemas. Antes ele do que eu. “Sr. guarda, roubaram minha carteira”. Ele também parecia não se importar. Acontece todo dia, toda hora. Certo? Certo. Já é algo comum. Só mais um pobre coitado que perdeu suas economias e, de lambuja, todos os documentos. Fazer segunda via de todos os documentos é muito chato.
“Para onde ele correu?”, perguntou o policial. “Pra lá”, respondeu eufórico o homem, apontando a direção. “Hum...”, resmungou o policial, enquanto passava a mão no queixo. “Você não vai fazer nada?”. “Agora, já é tarde. Ele deve estar longe.” “Mas...” E o homem, desolado, não pôde evitar sua expressão de surpresa e de desamparo com a situação.
Que coisa, não? E acontece todo dia, toda hora. Não é mesmo? Inconformado, mas sem mais nada a fazer, a vítima foi embora. E agora? Ia chegar de mãos vazias em casa? Deveria estar fazendo compras nesse momento. Leite, pão, manteiga... não tinha nada para comer. E, ainda por cima, tinha seis bocas para sustentar. O desespero começou a tomá-lo de súbito. No ponto do ônibus, lembrou que não tinha dinheiro nem para a passagem. Pôs as mãos sobre a cabeça e seus olhos começaram a lacrimejar. Homem não chora! Encostou-se em um muro e ficou a pensar.
Peão de obra que era, Severino acabara de ganhar seu ordenado. Era todo o dinheiro do mês. Sua mulher era lavadeira, mas não ganhava bem. Seus cinco filhos eram novos demais. O mais velho tinha apenas 12 anos. Todos dependiam dele. Não poderia falhar. De jeito nenhum.
Mas acontece todo dia, toda hora. Certo? Certo. Então, o que fazer? Não poderia se dar por vencido. Precisava tomar alguma atitude, pedir ajuda, deixar o orgulho de lado. Resolveu, então, apelar para a bondade alheia. Bondade? Mas que bondade, santo homem de Deus?
“Meu senhor, sou um homem trabalhador, pai de cinco filhos. Acabei de receber meu pequeno salário. Contudo fui assaltado naquela esquina. Preciso comprar o leite das crianças. Será que o senhor não poderia me dar uma ajuda?” E as respostas que se seguiram pareciam combinadas e ensaiadas anteriormente: “Já ouvi essa. Não vou dar porcaria nenhuma”, “Vai trabalhar, vagabundo”, “Não tenho”, “Fica aí pedindo, em vez de arrumar um emprego”, “Não”, “Não, não e não!”.
O que é isso? Nenhuma boa alma para ajudar? É sempre assim. Ele próprio sentia certa dificuldade de acreditar nas histórias dos pedintes de rua. Acontece todo dia, toda hora. Certo? Certo. Então, o que fazer? Seu último plano falhara. Último? Sempre existe uma saída, a última, a dos desesperados. E, naquele momento, ele compreendeu. De quem era a culpa? Não era sua, certamente. Culparia, pois, o primeiro “filho da mãe” que ali passasse. Então, munido de um pedaço de vidro que achara no chão, pronunciou-se em alto e bom som: “Passa a grana. Quero tudo: relógio, carteira, pulseira, colar, o que tiver. E passa logo ou eu te furo”.
Ficara bom naquilo. Nem parecia ser a primeira vez. E já não era mais. Era a terceira, quinta, 10ª. E, antes que percebesse, se transformara naquilo. Um homem sem piedade. Daqueles que roubam o salário inteiro de um trabalhador que acabou de recebê-lo. É assim mesmo. Acontece todo dia, toda hora. Certo?

Carlos Augusto de Moura Castro
Jornalista e Publicitário

Friday, February 16, 2007

MENSAGEM AO REINALDO - 14 de março de 2016

É Reinaldo, chegou o dia de seu aniversário, motor 5.9. Muitas coisas continuam acontecendo, o sol nasce todos os dias, de vez em quando faz frio, as flores a embelezar a vida e ainda há a antítese luxo versus miséria.

Mas, neste dia, o importante para nós, seus familiares, é falar de amor, de carinho, de um tempo de festa, onde não existe mágoa e nem tristezas em nossos corações. Falar do amor por você, deste afeto que você fez por merecer.


Deus, como sempre é maravilhoso, ele nos dá amor refletido em várias formas de expressão, e é este amor fraternal que nos conduz, que aquece e aquecerá nossas vidas e nos faz dar os parabéns a um irmão como você.



Um sensacional amigo, companheiro e uma pessoa que faz a todos que vivem a sua volta, se orgulharem em ser seu amigo, sobrinhos, irmãos, filhos e  esposa.


Amamos você, para  nós você está e estará presente porque nosso bem querer é atemporal.

Feliz Aniversário Irmão

Wednesday, February 14, 2007

O PERDÃO

(Interpretação de um texto do Dalai Lama)


Toda ação do homem produz um efeito, de certa forma causa algum impacto. Aperfeiçoar-se como ser humano exige modificações no próprio interior do ser humano.
Segundo o Dalai Lama se o amor existe, conseqüentemente haverá a esperança, a verdadeira fraternidade, a igualdade e a paz. Se o fundamento da prática espiritual é o amor, o homem deve evitar, não importa o nível de instrução ou o progresso material, enganar e subjugar o outro, bem como insultar ou maltratar o seu próximo.
O sucesso exige muita determinação, mas é importante sermos humildes, recatados e despidos de orgulho.
Compreender o pretenso inimigo, aprender a perdoar é mais proveitoso do que arremessar uma pedra para satisfazer a ira interior.
O homem tem em sua própria natureza a tendência da agressão, e às vezes a semente mora tão profunda em cada um de nós que não a reconhecemos, embora a verdadeira natureza seja de modo geral pacífica.
O ser humano sente-se muito incomodado em ver seus sonhos frustrados. Mas desanimar não ajuda em nada, temos que nos esforçar e não permitir que a nossa serenidade seja perturbada, alimentando-se o sentimento de infelicidade.
Felicidade, sem sombra de dúvidas, significa paz de espírito.
Ouvir, cultivar a fé e a devoção torna o homem capaz de cultivar a alegria interior e o equilíbrio da mente. Escutar é um ato de sabedoria, é como uma luz que dissipa a escuridão.
Praticar a caridade com alegria e satisfação faz bem ao coração.
Ser paciente é crescer, aprimorar-se. Enfim, exercer a tolerância nos protege e nos guia espiritualmente mantendo acesa a virtude da confiança.


Tuesday, October 24, 2006

O PRATA É NOSSA RESPONSABILIDADE

Sempre que terminavam as eleições de um ano, um pensamento teimava em minha mente. Interrogativo, ansioso, insistia em questionar: “O que aprendemos?” “Crescemos em discernimento?”. E aí, sem perceber, retrocedi a 1966, quando, ainda nem eleitor, saía com Nonô Lelé (pai do nosso amigo Manuelito), de jipe, à procura de votos para vereador nas eleições municipais daquele ano. Tive, pois, quando menino, oportunidade de, como engraxate na barbearia do meu pai, ouvir os adultos conversarem sobre política.Por lá passavam adversários e correligionários, como Dr. Matheus, Zinho Drumond, Dr. José Olímpio, Sô Gico, Nonô Juca Martins, Zé Recreio, Sô Inhô Gomes, Elcy Rolla, Pedro Padeiro (de Santa Isabel), Osvaldo do Alfié, Raimundo Eloy (de Teixeiras), Sô Miro, Sô Lúcio Monteiro, Vicente Sales, Sô Manoel Fraga, Zeca de Euclides, Jair Perdigão, Sô Tonico Totoni, Sô Zé Teófilo, Zé Morais, Felix de Castro, Sr. Geraldo Santiago, meu Tio Olínto (da Vargem Linda) e a conversa era sempre amena e saudável. O Zequinha Brigadeiro, flamenguista roxo e udenista declarado, às vezes discursava com mais veemência. O tempo passou, e em 1970, já com a maioridade pude participar mais de perto da política exercendo o sagrado direito do voto. Foi em 1970 (Dr. Antônio Roberto) que houve um acordo político, com o apoio do deputado Paulino Cícero, lançando-se candidato único a Prefeito, fato que se repetiu em 1972 (Dr. Antônio Guido) e 1976 (Dr. Antônio Roberto). Foi neste período que se conseguiu a ligação asfáltica com a BR 262, o que realmente era o sonho de todo pratiano, pois a estrada de terra para João Monlevade, via Morro do Pião, era uma dificuldade que só reconhece quem a vivenciou. Também neste período veio a COPASA, contestada a princípio, e hoje sabemos que se não houvesse ocorrido, estaríamos em apuros; uma vez que naquela época não existiam o Bairro Da. Julieta, Boa Vista, a Cerâmica estava iniciando, o Caparaó não passava de duas ou três casas e o êxodo do homem do campo para a cidade ainda não era preocupante. Foi também nesta época que veio a Agência do Banco do Brasil e também foram construídas a sede da Prefeitura e a Praça da Matriz. Pois bem, quero simplificar para poder ser objetivo: o que precisamos é de UNIÃO. Não se constrói nada neste mundo se não houver o somatório de forças. É importante visitar outros Municípios e verificar como estão atuando. O mundo hoje é competitivo e exige organização, planejamento e principalmente desprendimento e dedicação. A Cidade possui pessoas que aqui nasceram ou que para aqui vieram e montaram suas empresas, são empreendedores vitoriosos e como tal têm uma experiência preciosa a oferecer. As propostas partidárias e as discussões de programas administrativos, como nos países desenvolvidos devem ter a sua duração no período eleitoral. Vencida a etapa da escolha deve-se respeitar democraticamente o resultado e não fazer oposição pelo simples fato de manter-se em evidência. Existe o período próprio para as proposições e o tempo reservado para a execução e para as realizações planejadas. Necessário se faz estudar as nossas reais potencialidades econômicas, vestir a mesma camisa, fazer força na mesma direção, colocar mais cadeiras ao redor da mesa e juntos, unidos de verdade, repensarmos nossas ações em prol da Cidade. Somos definitivamente responsáveis pelo ambiente que vivemos e pelo futuro que estamos elaborando, pois isto se refletirá em nossos filhos, nossos netos, nas gerações futuras. Temos que lutar juntos por nossa Terra, porque é nela que estamos aplicando nossas economias, quer seja em construções, quer seja em empreendimentos comerciais. Precisamos criar opções para a juventude, ser mais bairristas; temos que ter um comportamento altaneiro e não devemos nos deixar influenciar por paixões exacerbadas, assim como críticas levadas ao extremo não constroem uma Cidade ou uma vida melhor. Abrir a cabeça, os corações, abrir as portas, os sorrisos e vislumbrar que é para frente que se anda, e uma Cidade do porte da nossa, precisa de empregos, é pela dignidade do trabalho que o homem cresce, que a economia se fortalece. Então questionamos o que o Município tem feito para  incentivar a iniciativa privada, com microempresas, doando áreas, elaborando um projeto sério como prioridade de ação gestora ? 

É por isso que estou convidando o eleitor a uma reflexão, com cada um começando a fazer a sua parte, pois o tempo urge e já nos ensinou que não se deve interromper o diálogo, pois o silêncio prolongado envenena as relações entre as pessoas.

Thursday, September 14, 2006

PERFEIÇÃO

Lendo um texto que me foi passado por uma amiga, que certamente sabe do meu gosto pela leitura, fiquei a pensar realmente sobre o que foi analisado por um homem após viver 85 anos, e que conclui que se pudesse viver os anos já passados novamente, não tentaria ser tão perfeito.

A nossa habitual tentativa de sermos perfeitos faz com que não vivamos descontraídos; estamos sempre vigilantes, tensos, preocupados com o que os outros pensam de nós e com isso não nos permitimos viver. Viver com excesso de juízo e sensatez pode nos impedir de termos bons momentos, vale lembrar que a vida é apenas um momento curto, médio ou longo, variando para cada pessoa.


Deixamos de viver porque a nossa imaginação cria mais problemas do que a vida verdadeiramente.


Após ler e reler o referido texto fiz uma análise muito pessoal da minha vida e concordei com a mensagem do autor do texto: se somos racionais demais, perdemos os nossos sonhos. É bom lembrar que a razão não cria sonhos. Ela é matemática, exata, fria e calculista. São nossos sonhos que espalham sementes e fazem com que prossigamos nesta vida que sempre está a nos oferecer um motivo para continuar sonhando.
Com licença leitor, estou indo sonhar..


Monday, September 11, 2006

ASSUMINDO A VIDA



Sorte, azar, crença ?

Entendemos que tudo que nos acontece tem a nossa participação, num grau maior ou menor, principalmente se afirmamos que podemos controlar os acontecimentos para que a vida seja como a queremos.


SOMOS APENAS RESPONSÁVEIS PELA NOSSA VIDA, PODENDO MELHORÁ-LA.


Aprender com erros é crescer.


A construção da felicidade requer paciência, trabalho, aprendizado e muita responsabilidade.


O QUE É RESPONSABILIDADE?


É responder por seus pensamentos, sentimentos e ações. Ninguém é encarregado de nos fazer feliz, e nem nós somos responsáveis pela felicidade de outrem.


Cada um é responsável por si próprio:


Quando criança, ainda não temos vivência e não conseguimos ser donos de nossas ações. Contudo, com o crescimento, adquirimos o direito de escolher e responder por nossos caminhos.


A nossa realização não pode ser transferida para outrem. Temos o ilusório entendimento de que seremos felizes controlando as ações dos filhos, da esposa, do marido e até dos pais.


Qual a atitude correta?


Conquistar a sua felicidade e desfrutá-la na companhia dos outros em união de alegrias.


Atitude Negativa :


A postura de “vítima” é não acreditar em si próprio.


Viver é escolher:


Todo ato é uma opção. Toda opção tem uma conseqüência. Nesta escolha sempre haverá a possibilidade do erro. Erro que deve ser visto como chance de aperfeiçoamento contínuo.


Culpa:


Temos comumente a mania de acusar o mundo e as pessoas pelos nossos problemas.


Achamos que somos azarados. Censuramos a todos, menos a nós mesmos. Queixamos de tudo e de todos.


Solução:


Analisar a ligação que existe entre o que nos acontece e nossas atitudes mentais.


Limites:


Os limites nos fazem firmes e conscientes para que possamos nos relacionar com os outros sem sufocá-los.


Lembremo-nos: Apesar de imperfeitos, devemos confiar em nós mesmos e respondermos pela nossa vida.


Ser responsável é ter humildade nas quedas, nos erros e nas dificuldades. É a autonomia para reescolher, se a vida não estiver boa.


Portanto, devemos entender que não há vítimas do destino.


Sorte é estar de olhos abertos e aproveitar bem as chances.


Azar é esperar que tudo lhe caia do céu, inclusive a felicidade.“Quem sabe faz a hora não espera acontecer”.

Friday, September 08, 2006

DIZER NÃO



A concepção inicial que temos do amor coloca-o como sinônimo de bondade, proteção e ajuda.

Quando crianças dependemos material e psicologicamente de nossos pais, isto em razão das limitações naturais que nos impedem de responsabilizar pela própria vida.


Com o passar do tempo vamos aprendendo a cuidar de nós mesmos e a suprir nossas necessidades através da troca, do pedir.


É a reciprocidade do querer.


No amor verdadeiro há lugar para o “sim” e o “não”; na amizade também.


O AMOR COMO ENCONTRO

O amor pressupõe direitos e poderes iguais. Inclui a verdade e a bondade.


“Não lhe direi não, se puder dizer sim; mas não lhe direi sim, se tiver que dizer não”.


Esta colocação é sagrada. Evita angústia, ressentimento e hostilidade. O “fazer” coisas para o outro contrariando a vontade própria é a abertura do caminho para o fracasso das relações.


Sendo coerente evita-se a pirraça, a teimosia.


O amor entre pessoas maduras permite discordâncias, mas não se apega a sofrimentos inúteis (culpa e pena).


Não devemos achar que temos de resolver os problemas de todas as pessoas, mesmo porque somos limitados e por isso mesmo não podemos ajudar alguém em determinada circunstância. Nem sempre pode-se abrir mão de si mesmo e fazer tudo pelos outros.


Se para amar as outras pessoas, eu me imagino obrigado a me sobrecarregar, a fazer coisas contra minha vontade, a nunca dar um não, tenderei naturalmente a negligenciar minhas necessidades, o que provocará depressão. A depressão é um sentimento que decorre da falta de amor a mim mesmo. A manifestação mais evidente da falta de auto-amor é não respeitar o próprio querer, não saber dizer não. No fundo, há um temor de não ser amado, de ser rejeitado, de ser abandonado por aquele a quem negamos um favor. A bondade exagerada é uma forma de comprar o amor do outro, o que evidentemente não ocorre, mesmo porque, não há nenhuma moeda que compre o amor. Essa tentativa de ser amado pela outra pessoa, através da bondade, explica a sensação de injustiça, de ingratidão que povoa o coração das pessoas muito boas e que nunca são reconhecidas.

Wednesday, September 06, 2006

ANSIEDADE

Ser feliz é aprender a lidar com emoções e sentimentos. O mundo emocional determina a nossa relação com a vida, com o mundo e com as pessoas.

Somos nossas emoções.


Somos nossas relações, saudades, medos, angústias, tristezas, amores e alegrias.


Ansiedade é o mal do século. É a nossa reação a toda ameaça possível, com modificações corporais e espirituais em defesa diante de iminente perigo.


Viver é muito perigoso. Quando estamos ansiosos, o cérebro acelera e envia mensagens que aumentam o batimento cardíaco, ocorrendo palidez, mais açúcar no sangue.


Toda vez que o ser humano vê-se ou imagina em perigo iminente ele tem a tendência natural de atacar ou de fugir.


Muitas vezes, a ansiedade é apenas em razão de um perigo imaginário, que não se concretiza; mas produz grande inquietação e penaliza o corpo.


A nossa sociedade privilegia a pressa, a preocupação, a rapidez, cobra muito. Classifica o outro de mole ou lerdo, que não está nem aí; por isso todos precisam mostrar-se “ansiosos”.


Todavia, nascemos para viver, celebrar, estar presente, usufruir; o restante foi inventado para facilitar o dom da vida.


No mundo de hoje a maior queixa é a falta de tempo. A mulher, por exemplo, trabalha fora, estuda, mas continuou com os afazeres domésticos. Esta condição é difícil.


Pressa até para entrar em férias.


O nosso objetivo neste mundo é saborear a existência.


O estresse tira esta possibilidade de curtir os momentos porque aceleram o pensamento e as emoções para: fazer isto, para depois fazer aquilo, porque precisa ir a tal lugar, para depois falar com fulano... e assim por diante. Estamos sempre operacionando para depois.


Reparemos nos motoristas em seus carros aguardando o sinal abrir...


Certa ansiedade é até natural, pois é resultado do contato com o mundo que se constrói. Mas o exagero é que provoca inquietação, cansaço, falta de apetite ou apetite insaciável, insônia e a exaustão.

Tuesday, September 05, 2006

O AMOR



Há alguns dias sobre a insistência da chuva fina e intermitente vi-me a folhear o livro “VIVENDO, AMANDO E APRENDENDO”, de Leo Buscaglia, autor de “AMOR”, e que no mencionado livro retoma o para sempre discutido tema. Imediatamente pus-me a meditar a respeito.

Assunto tão vasto e com mais de mil definições, cantado por Chico Buarque, poetizado por Vinícius e Camões. Não se sabe como aflora, como persiste, nem quando vai embora.


Há anos os psicólogos, sociólogos e antropólogos nos vêm dizendo que o amor se aprende. Não é uma coisa que acontece espontaneamente. Acho que acreditamos que seja, e é por isso que temos tantas inibições quando se trata de relacionamentos humanos. Quem nos ensina a amar? A sociedade, nossos pais, nossos filhos? Estes, os filhos, sempre esperam que os pais sejam perfeitos. Depois ficam um pouco desapontados e desiludidos quando descobrem que os pais, pobres seres humanos, não o são.


Acreditamos que no campo da afetividade é muito importante a pessoa gostar de si como alguém que sabe que só pode dar aquilo que possui.


Nas ilações sobre o tema, relâmpagos de um texto: “Nenhuma dor é tão mortal quanto à da luta para sermos nós mesmos”. Quase sempre o amor pressupõe perda. A idéia de perda não é só pela morte, mas também por abandonar e ser abandonado, por mudar e deixar coisas para trás e seguir nosso caminho. Nossas perdas não são apenas as separações e partida dos que amamos, mas também a perda consciente ou inconsciente de sonhos românticos, expectativas impossíveis, ilusões de liberdade e poder, ilusões de segurança - e a perda da nossa própria juventude, julgada imune e invulnerável às rugas e cabelos brancos.


Um pouco enrugado, altamente vulnerável e definitivamente mortal, examinei essas perdas. Perdas necessárias que enfrentamos quando nos vemos face a face com o fato do qual não podemos fugir...


Que alguém vai nos deixar; que as dores nem sempre desaparecem com um beijo; que estamos no mundo essencialmente por nossa conta; que há falhas em qualquer relacionamento humano; que nosso status (se existir) é implacavelmente efêmero; que nossas opções são limitadas pela anatomia e pela culpa e que somos incapazes de oferecer a nós mesmos ou a quem amamos qualquer forma de proteção - proteção contra a dor, contra as marcas do tempo, contra a velhice, contra a morte.


Enfim, para crescer é necessário perder, abandonar, desistir e renunciar. No amor, quando se perde, a gente sente-se sugado.


Assim é o amor; ora azul, ora nebuloso.


Amar não é apenas dizer coisas bonitas às pessoas, ou sorrir, ou fazer boas ações, é estar disponível para a vida.

Monday, September 04, 2006

MENOS AMOR


O preço da vida em comum não deve ser pago com uma relação de sofrimento. Há casos em que a mulher ama demais, tanto que se sujeita ao desprezo, indiferença e até a maus-tratos. São as relações com os homens que amam de menos.

Algumas insatisfações com o casamento, a família e a amizade só podem ser resolvidas através do sentimento do amor. Companheirismo, sexualidade, prazer e a construção da vida devem ocorrer num ambiente de harmonia.


A incapacidade de amar é uma doença que acomete, principalmente sob a forma de dominação e posse, ao sexo masculino; enquanto a forma de desamor mais comum ao sexo feminino é a submissão, a dependência e a renúncia.


No homem, a incompetência em ser afetuoso aparece sob a forma de abuso de poder, de autoritarismo e de um certo prazer camuflado em ver a mulher sofrer. Essa incapacidade amorosa de alguns homens têm várias razões. A primeira delas remonta à relação que o homem teve na infância na sua primeira experiência com mulher, ou seja, com a mãe. Ou foi muito protegido pela mãe e não aprendeu que o outro existe também com necessidades afetivas. Por isso, quer receber sempre toda a atenção da esposa, sem nenhuma reciprocidade. E, quanto mais a mulher se anula para atendê-lo, mais satisfeito se sente. O seu nível de exigência é sem limite e a mulher se sente constantemente em falta, com culpa, com a incumbência de fazê-lo feliz, o que é impossível por dois motivos: primeiro porque ninguém faz alguém feliz e; segundo, porque eles são insaciáveis, ou então não foram amados pelas mães e nem sabem o que é amar.


O apego desenvolvido pelas mulheres é acompanhado de uma raiva reprimida à figura feminina, traduzida nas formas de relacionamento tão denunciadas pelas mulheres: frieza, críticas, impaciência, irritação, ar de superioridade e o famoso jogo do desprezo, do abandono e do ciúme. No fundo, eles maltratam as mulheres por medo da rejeição, fazem questão de se sentir superiores, sempre tendo razão, e as brigas constantes não têm por objetivo resolver os problemas, mas destruir a figura feminina, culpando-a pelo fracasso do relacionamento.


Nós conhecemos bem o deficiente físico; ou o deficiente intelectual, mas não prestamos atenção nos deficientes afetivos. Se para andarmos, precisamos das pernas e da competência motora, para nos relacionarmos bem, precisamos da competência amorosa. Há pessoas que não sabem ou não conseguem amar. São pessoas que sofrem e produzem sofrimento a quem delas se aproxima ou com elas convive. O medo do abandono, da rejeição, da traição e de serem magoados colocam os homens que amam de menos numa posição de defesa e, ao mesmo tempo, de ataque às suas parceiras. Em casos extremos, são capazes de agredir fisicamente e até matar suas mulheres.


Mulheres que amam demais e homens que amam de menos são neuroticamente complementares. Daí a dificuldade de se separarem. Permanecem durante anos nesse jogo em que uns sentem prazer em bater e outros em apanhar. É comum, nesses casais, nos intervalos da violência, as juras de amor, a prática compulsiva de sexo e o pedido apaixonado de perdão. Como, porém, a causa fundamental é a incapacidade de amar, logo em seguida recaem na repetição do drama e da dor. O contrário do amor é o medo. E a louca solução encontrada é destruir o objeto do medo que deveria ser o objeto do amor. Maltratar e desprezar a pessoa que se diz amar. O que salva é que a invalidez amorosa tem cura, não é uma invalidez permanente. Todo processo terápico, todo processo religioso, tem por objetivo nos ensinar a amar.


Quando descobrimos que a única solução para sermos felizes é o amor e percebemos a nossa dificuldade de amar, estaremos entrando na senda da felicidade. Sem amor, enredamo-nos na teia da competição e da hostilidade com o outro, gerando em nós e em nossos relacionamentos um profundo vazio, tédio e depressão.



BETA

Beta (Sena)

NATO


Nato Seninha

NATO


Ah nós aí outra vez... (Nato)

NATO


Nato entre duas flores

NATO E LU

Nato e a prima Ana Lú

NATO

Oh, Nato!!!
O que você está escrevendo aí menino?

ANJO ?

Anjo?!?

Será Nato?

NATO

Eh Nato que gosta de um terno sô!!!

BETA

1ª Comunhão de Roberta

Friday, September 01, 2006

NIVER BETA


Aniversário de Roberta

NATO

Ah o Nato aí de novo...

TRIO


Trio parada dura
Leco, Amanda e Nato