Thursday, June 26, 2014

São Domingos do Prata


Às margens de um riacho murmurante,
e à sombra de uma cruz, num belo outeiro,
vive um povo tranquilo, hospitaleiro,
e andorinhas chilream cada instante.

Nas ruas de passado relevante,
Há flores nos jardins, pelo ano inteiro.
E musas a sorrir, de olhar fagueiro,
Acenos de ternura ao caminhante.

Aqui vivi, amei e fui feliz.
Depois me transferi não porque quis.
E aqui repousarei um dia, enfim.

Ao percorrê-la a pé, canto por canto,
entendo por que Cristo chorou tanto:
Jerusalém devia ser assim.