Wednesday, July 03, 2013

PEDINDO PERDÃO

A vida passa muito rápido e nós perdemos muitas coisas pelo caminho.

Analisando a justiça do homem do ponto de vista legal, o ofendido pode oferecer o perdão ao ofensor, mas na justiça divina o nosso compromisso é com a nossa consciência.

Por que perdemos coisas e pessoas?

Então, saiamos agora, à procura do que perdemos para tentar nos reconstruir, oferecendo-nos uma vida com qualidade e dignidade. Para que vivermos incompletos se podemos ser melhores?

Procurar pela sensibilidade perdida, pelo perdão que não acontece, pelo próximo mantido à distância, pela falta de solidariedade, pela atenção que não demos, pela indiferença diante das dificuldades alheias, por lágrimas que nunca se misturaram a sentimentos, pela injustiça cometida, e até mesmo pela fé que distanciou-se por demais.

Assumir que tivemos perdas de valores inestimáveis, mas não podemos ficar à espera da restituição, simplesmente, sem agir.

Portanto, é hora de aquietar o coração, interromper a correria e nos  reconstruirmos.

Recuperar a sensibilidade pelas coisas do cotidiano e alegrar-se com a beleza da mais frágil flor. Buscar agir de forma carinhosa com aqueles que vivem e convivem conosco; procurar pelas palavras que marcam e constroem relacionamentos saudáveis; com  fé, esperança e amor. Importante também a arte de saber ouvir,  que nós a desenvolvemos pouco; escutar, escutar muito, inclusive o silêncio.

Lembrando a "Parábola do Filho Pródigo" o pai silenciou o filho quando ele relatava seus erros; o passado não importava, ele havia recuperado o seu filho, não era hora de punição, de críticas, de sermões, era hora de aconchego, o aconchego que só a família pode nos dar. O pai valorizou mais a pessoa do que os erros; valorizou mais a vida do que os percalços. O que importava era a reintegração.

Por isso, pensar antes de reagir, expor e não impor é o que o Senhor Jesus nos ensinou, perdoar quantas vezes se fizer necessário e reedificar em comunhão com o outro a construção de uma vida melhor, oferecendo o perdão e perdoando-se diante do Senhor, mesmo porque tudo na vida não é entre nós e os outros, e sim entre nós e Deus (nossa consciência divina).