Sonhei que tinha ido a um país
distante e passeava pelas ruas de uma grande cidade. Enquanto caminhava e
contemplava as pessoas, senti-me triste, Aquela cidade tinha os mesmos
problemas da cidade do meu país.
Ao virar uma esquina, deparei-me
com uma loja grande e bonita. Entrei. O empregado que estava ao balcão era um
anjo. Achei muito estranho e perguntei-lhe o que vendia naquela loja. O anjo
respondeu-me com simpatia:
_ Tudo o que desejares.
Então lhe pedi um mundo novo.
Comecei a pedir: em primeiro lugar, muita paz, fim de todas as guerras no
mundo, muita liberdade e justiça, sobretudo para os povos oprimidos e
maltratados. Em seguida, pedi muita tolerância, generosidade e amor e
compreensão para as famílias; trabalho para todos e o fim do desemprego.
Queria, ainda, que todas as religiões se dessem bem e houvesse muita união
entre as Igrejas; que acabasse para sempre a poluição e que todos respeitassem
a natureza e... continuei até que o anjo me interrompeu e disse:
_ Desculpe, amigo. Creio que não
me compreendeste bem. Nós aqui não entregamos os frutos, apenas as sementes.
Naquela noite, compreendi que não
basta desejar, nem esperar que as coisas apareçam feitas. É preciso arregaçar
as mangas e semear o mundo novo que todos desejamos.
Fonte: Revista Fátima Missionária