Monday, June 01, 2015

CASOS, CAUSOS & ACASOS

QUE SAUDADES (S)


Tempo bom aquele em que aos domingos saíamos correndo das aulas de catecismo (com nossa saudosa Da. Ivone de Sô Irineu) para irmos ao cinema do César Mendes, assistir a um vespertino bang – bang com o famoso Durango Kid, uma comédia com o Gordo e o Magro ou os Três Patetas. Dali íamos para o Campo do Atlético no Lava – Pés onde sempre ocorriam disputadas partidas de futebol entre o Atlético Pratiano e os visitantes, ora o Minas ou Comercial de Nova Era, Metalúrgico, Vasquinho ou Belgominas (Monlevade), e porque não dizer o Esporte Clube Saudense (Dom Silvério), o Alvinopolense ou o Industrial (Alvinópolis), o Piracicaba (Rio Piracicaba), o Valério (Itabira), o 1º de Maio, Pontenovense ou Palmeirense (Ponte Nova). No gramado do Lava – Pés desfilavam bons jogadores de futebol.



Tardes domingueiras, alegres, felizes, sadias, moças bonitas, algazarra de crianças; o Prata se convergia para o Lava – Pés. No gramado o Galo Pratiano era a nossa pátria, o nosso orgulho e nossa vibração.



Graças a Deus a violência era mínima. Colocava-se um “apelido” na mãe do juiz do jogo, uma ameaça de não passar na pinguela, um ou outro palavrão que hoje já não são considerados como tal.



Pisando sobre a relva verde do campo lá estavam meus tios Jair, Jarbas e Jadir, os irmãos Adailton e Jairo Braga, Raimundo e Manoelito, Everardo e Evandro Braga, Joaquim Malaquias, Márcio Rolla, Assis e Elcy Rolla firmes na zaga. Nas férias vinham os estudantes Antônio João de Sô Benjamim, Zé Paulo Drumond, Cicio, Paulão e Chico de Dr. Matheus, Josué de Sô Lucio Monteiro, Pedro Roberto de Dr. Pedro Rolla, Odilon de Sô Tavico. Isto tudo, sem contar que o Zé Márcio, Marcinho de Sô Inhô Gomes, Mauro de Banico, Breno, Geraldinho de Sô Euclides Drumond, iniciavam no “Estrela Vermelha” (hoje Nacional) e, embora jovens, já mostravam grande habilidade com a pelota.



Hoje, sinto uma ponta de tristeza por não termos mais aquele campo, pois um filme daquele tempo teima em reprisar em minha imaginação e aí, fico pensando,como reviver aquela época? Só nas lembranças - vem a resposta. A vida é dinâmica e as mudanças fazem parte.