Dizer "não" é preciso, mesmo que possa parecer fúria diante de um desrespeito contínuo, ou até mesmo pela própria incapacidade de recusar uma situação espinhosa desde o princípio e de ter dito "não" no momento justo e exato.
Estamos para afirmar que todo bonzinho tem seu dia de basta. Seu dia de não, não quero, não, não gosto, não, não suporto mais ser "bonzinho". Contudo, o ideal é que a situação não chegue a esse ponto crítico e que, pouco a pouco, o ato de se negar tome seu lugar necessário na vida.
Evidentemente que apostamos numa vida mais gentil, conciliadora e até pacífica, inclusive em disputas. Não sendo pessoa de confronto e de viver sob fogo cerrado; às vezes preferimos dizer "sim" e morrer por dentro.
Recentemente, pesquisando o tema, lemos que se a gente disser um "não" limpo, coerente com nossos sentimentos, e o dizemos com clareza, é bem provável que o outro acate seus conflitos.
De certa forma o medo da rejeição e de perder o outro por causa de um "não" ronda nossa imaginação.
É preciso se impor, dar limites a tudo e a todos. Não se pode ser o eterno boa-praça de plantão. Todavia, o "não" não pode ser frágil, nem no tom e menos ainda na emoção.
Conclusão : Necessário perder o pavor de ver nossos vínculos ou nossa sobrevivência ameaçados a ponto de aceitar e cultivar até aqueles que podem nos causar muita dor e sofrimento na vida.