Tuesday, November 18, 2014

O VIAJANTE



O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começa tímido por entre as pedras.
Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornado um rio maior.
O viajante continuou a seguí-lo. Bem mais adiante, o que era um pequeno rio, se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobrir finalmente uma gruta.
A natureza criara, com paciência, caprichosas formas na gruta. Ele foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.
De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nelas estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, Prêmio Nobel da literatura de 1913:
“Não foi o martelo que deixou perfeitas essas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.”
Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas.
E existem as pessoas suaves, que sabem dosar energia e tudo conseguem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante. Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo...