Ao ultrapassar 60 anos não fica difícil afirmar que trabalhando desde 13, 14 anos; estou completando quase meio século de “ correr atrás “.
Neste período passei pelo menos 25 anos assentado em bancos escolares, do Jardim da Infância à Pós-Graduação. Aprendi algumas coisas, outras não consegui.
Procurei fazer o melhor para meus familiares, mas a vida é assim, temos nossas limitações pessoais e nossas circunstâncias, e muitas vezes demoramos a aprender. Eu não fui exceção.
Daqui pra frente, já que quem trabalha por conta própria geralmente não tira 30 dias de férias, não se aposenta e até fica com sentimento de culpa se não está trabalhando, pretendo viajar, escrever, ler, fazer exercícios físicos, fazer algum trabalho voluntário, filmar, fotografar, rever amigos e parentes sem fincar barraca; enfim, fazer o que me agrada, sem assumir compromissos sérios com horários, traduzindo "vagabundear " ( aceito sugestões ).
Não pretendo parar de trabalhar, apenas voltar a vida para a natureza, que é o natural, filosofar, ouvir muito e depois escrever em "Causos".
Quando digo que vou para Bela Vista, refiro-me metaforicamente a vivenciar algo diferente, como esta pretensão.
Portanto, para o futuro, não se preocupem se o celular em determinado momento não atender, não quero ficar tão
“ligado" e até desejo um pouco de irresponsabilidade, sem me preocupar com horários - imitar Caetano Veloso :
“ Sem lenço e sem documento “
O PRESENTE que desejo é que cuidem-se bem, busquem a realização pessoal, pois a liberdade do ser humano está irremediavelmente também ligada à independência financeira.
obs: Não sejam apenas úteis, tornem-se
necessários.