Wednesday, September 05, 2012

CASOS & CAUSOS

O JEITO DRUMOND DE SER

   Nonô Juca Martins (ex-Vereador no Prata) encostava a charrete ao lado do Hospital, onde hoje está o Depósito Arthuso e vinha à barbearia do meu pai. Chegava calmo, sereno, pausado,  trazendo paz de sua fazenda nos Gomes (hoje do filho Eduardo) e assentava-se para  cortar o cabelo.
   Udenista roxo contava com o apoio do Zequinha da Caixa, em relembrar o Brigadeiro Eduardo Gomes.
   Ele e meu pai se tratavam por "compadre", e de fato eram.
   Na ocasião, era Presidente da República o pessedista Juscelino Kubstchek, e o pau quebrava de vez em quando na barbearia. 
   Como disse, o Nonô chegava calmo e daí a pouco ia subindo o tom de voz, quase discursando, ficava meio vermelho; e meu pai gostava de ouvir e ver as espinafradas dele nos políticos, e às vezes até provocava:
   - "Ô compadre fala mais baixo!...
  * Que nada... eu falo é alto mesmo, não tenho medo de nada e além do mais tô na minha terra!... Que isso compadre, cê me conhece!..." 
   E tudo acabava em risadas, com o jeito sério dele de brincar.