O Velório
Geraldo Baton é um amante roxo do futebol, alegre, divertido. Gostava de estar em todas as "bocas", por isso o apelido. Embaixada de futebol, banda de música, congado, ele era o primeiro a chegar, escolhia um lugar no ônibus e só alegria. Um cavalheiro perfeito, incapaz de qualquer deselegância; mas perder a história? De jeito nenhum, nem velório...
Há alguns anos ele veio com umas pessoas de sua Cidade a um velório no Prata, e como era conhecido de todos, principalmente da rapaziada, além de muito querido; durante a vigília havia uma mesa com café, leite, pão de queijo, bolo e outras coisas. Os rapazes percebendo que só havia uma porta de acesso à sala de lanche, tomaram a frente da mesma e ficaram uns seis impedindo a entrada do Geraldo, ele tentava entrar eles mudavam de lugar, e a sala cada vez mais cheia... Ele foi ficando impaciente e começou a suar; afinal, nem um pão de queijo?
E a barreira foi ganhando adeptos, até que ele não aguentando mais desabafou:
_ "Oh enfia este defunto no ! . . . Lá na minha Terra tem velório muito melhor do que os daqui..."
Evidente que tudo não passou de uma brincadeira, coisas da juventude.
Evidente que tudo não passou de uma brincadeira, coisas da juventude.