O povo não pode pagar um preço alto pela ausência de diálogo e compromisso.
A briga pessoal em política é nociva e corrói a boa convivência.
Praticar democracia é abrandar discursos radicais e evitar a imposição de pontos de vista avessos ao diálogo.
As nossas dificuldades em comunidade são muito mais por sermos dirigidos por quem não esteve a altura, do que propriamente por problemas econômicos.
Há que se pensar em soluções razoáveis e por de lado o experimentalismo individual. Nós precisamos é de moderação e equilíbrio.
Divisões e ofensas são atitudes cruéis de quem não reconhece o valor dos adversários, por medo de perder a liderança. Então apontam com acusações fortes e agressivas os erros do outro lado e amenizam os próprios. Diminuir a estatura do adversário não faz de alguém um "grande".
Portanto, onde não há isenção nem verdade e dignidade, onde vale tudo para derrotar o outro, o jogo se torna sujo: o poder pelo poder. Assim é que se os partidos fossem capazes de elogiar o antecessor ou o sucessor; se o desespero por chegar ao poder não levasse a atitudes sectárias, talvez tivéssemos um país mais civilizado e eleições mais dignas de uma democracia.
Eleitor fique atento ao comportamento, puxe pela memória e não pense ser demais pedir ética a quem persegue a vitória a qualquer preço.