Todo ser humano teme o abandono, o isolamento. Quando alguém
nos ignora ele está dizendo (em silêncio), que somos culpados de algo. Nas prisões, os encarcerados temem o castigo de serem confinados
à “solitária”. Esta atitude de gelar o outro é igual à indiferença; o que pode
ser traduzido por: O contrário do amor. A indiferença é uma ação que objetiva aniquilar emocionalmente o
outro, através do abandono, do desinteresse total.
Relacionar com o outro é acolhê-lo.
É preciso não confundir o silêncio do amor com o silêncio da
mágoa e do rancor.
O silêncio do amor está cheio de graça, em paz. É o abraço
espiritual de dois seres ou de toda a família. Já o outro silêncio é dominador,
sugere que o outro rasteje e implore por perdão.
As tentativas de controlar, dominar e submeter o(a)
companheiro(a) são incompatíveis com o bem-estar; são armas poderosas de guerra
fria, do silêncio hostil, de retaliação, dos ligeiramente “inimigos íntimos”.
Importante notar que evitar o diálogo nessas ocasiões agrava
os ressentimentos e impossibilita qualquer tipo de solução consensual.
Conclusão:
Não faz mesmo o menor sentido as pessoas maltratarem-se através
do silencio torturador, do “ficar de mal”, arvorando-se um ou outro
em ser DEUS para julgar e proceder a condenação de seu (sua) companheiro(a).