TIA NILZA
Já tentei várias vezes homenagear a Tia Nilza (tia de todos os pratianos), mas não consegui elaborar um texto à altura da dignidade e dos méritos dela.
Já tentei várias vezes homenagear a Tia Nilza (tia de todos os pratianos), mas não consegui elaborar um texto à altura da dignidade e dos méritos dela.
O que fazer ? Tentar novamente.
Quando criança, uma das primeiras pessoas com quem interagi, foi Tia
Nilza. Nossa catequista, ensinou-nos a ajudar as missas (na época, ainda em Latim),
nossa professora e diretora. Uma pessoa dócil, transmitindo confiança, incapaz
de discriminar, e sobretudo com uma grande capacidade de ouvir; mas enérgica, organizada e comprometida.
Lembro-me que aos dez anos fui estudar em Itaúna, no Ginásio Santana,
e lá do internato escrevia cartas para ela, cartas que ela fazia questão de
responder.
Certamente em nossa Cidade, muitas gerações passaram pela sua ação
educativa.
Num mundo conturbado pelo individualismo e ameaçado pelo egoísmo, ela
não jogou a toalha. Cumprida a sua nobre e sublime missão de educar, passou a
dedicar-se ao trabalho social. Profunda conhecedora das famílias pratianas,
colocou-se a disposição no amparo às pessoas que dela precisassem, quer seja
espiritualmente ou materialmente.
Engrandece o ato de servir, sem nenhum interesse pessoal, por isto os
frutos de seu trabalho são doces. Ensinou-nos a lutar por idéias, e que quando tivéssemos
uma queda não ficássemos olhando para o chão e sobretudo, que continuássemos plantando
a semente da fraternidade durante a nossa vida.
Trabalhou e ainda trabalha em algo de suma importância para o ser
humano: “o aprimoramento do caráter”.
Finalizando, uma frase do filósofo Platão sintetiza tudo:
“Quem ama extremamente,
deixa de viver em si e vive no que ama”.