Friday, October 17, 2014

O ESTRESSE É REALMENTE UM VILÃO?



      Desde os primórdios, o estresse está presente na vida do homem. Nossos antepassados corriam ou se defendiam de predadores. Hoje as feras do mundo moderno são o trânsito, a violência urbana, os problemas no emprego...
      O estresse hoje existe também porque a sociedade está submetida a um ritmo que não é o dela. Portanto, sempre que possível cada um deve buscar o seu ritmo particular e não ultrapassar as suas possibilidades orgânicas.
      Mas afinal, o que é estresse? Ele é realmente o grande vilão das nossas vidas? O estresse é uma reação do organismo (uma descarga hormonal) frente a uma situação diferente e incomum, onde esse tem que se fazer vitorioso. É uma organização de prontidão. Diante de um obstáculo, o corpo se prepara para dar o máximo de sua performance. O estresse provoca uma reação em cadeia, coloca estimulantes na corrente circulatória para que se busque o melhor desempenho.
    Neste sentido, o estresse é positivo, natural e conveniente. A pessoa melhora o seu desempenho numa entrevista, numa competição...
    O ruim é quando se tem uma descarga duradoura, aí o estresse se torna crônico. A pessoa esgota a sua energia e descontrola a perfeita harmonia da maquina humana.
      A priori, não existe nenhuma atividade estressante. O problema está na cabeça diante da atividade. Trabalhar demais não faz mal. O problema é estar numa atividade não desejada. Assim, quatro horas de trabalho se tornará um martírio. Mas se a pessoa faz atividade com gosto e prazer, envolvida apaixonadamente pelo trabalho, poderá trabalhar por quatro horas a fio sem se estressar.
       Quando se coloca na cabeça que fazer determinada atividade é ruim, como, 
por exemplo, ir tomar café na casa da sogra, cria-se um estresse em função de uma alimentação mental negativa. Fica menos estressante, se pensar que o cafezinho será delicioso. Este exemplo banal é para mostrar que é preciso ver o lado positivo e que nós é que fabricamos a paz ou a guerra em nosso interior.
     Estar com a cabeça onde está o corpo, zera o estresse. Por exemplo, se você está numa palestra, naquele momento esteja só na palestra e não no trabalho do dia seguinte. Se você está numa festa, a sua cabeça não pode estar no escritório e vice-versa.
      A preocupação provoca o estressante, como o próprio nome já diz, é uma ocupação-pré. Portanto, a preocupação é um ato obsceno e de desrespeito à sua saúde. O estresse é causado por este sofrimento antecipado, na tentativa de resolver um problema que não pode ser resolvido antes da hora.
      Faça!
      O fazer é mais fácil do que a teoria. Sempre imaginamos coisas contra nós, porque fomos anulados pela sociedade castradora e não conseguimos pensar nas coisas boas. Tem que se pensar o contrário. Então, você percebe que não é tão complicado fazer. Na prática (no fazer), você encontra os estímulos.
      Os estímulos são automáticos. Quando mergulhamos fundo num objetivo, com a mente positiva, a vida conspira a nosso favor, porque a vida é um reflexo do universo. Tudo caminha para que as coisas aconteçam. Paralelamente outros fatos inusitados acontecem para que cumpramos este objetivo. Já comprovei isso várias vezes na minha vida. A gente é que conspira contra, dificultando tudo. (...)
      Trabalho físico é um descanso mental. Quanto mais a pessoa mergulha (envolve-se) na atividade física, na mesma medida, ela se relaxa e se distrai.
       Exemplos de atividades que relaxam: sexo, caminhar, correr, jogar tênis, música (ouvir e tocar), desenho, um hobby ou qualquer outra atividade que faça você se desligar (deixar de pensar) voltado apenas para o fazer.
           
Texto de Nuno cobra, sugerido por Cláudio José Botelho Guimarães, servidor da DRF/Varginha