O
pai, a mãe, o educador que levam a sério sua missão devem lembrar que a criança
tem necessidades físicas, psíquicas e sociais, tais como:
· De ser independente;
· De ser tratada com respeito, sem
humilhações ou castigos físicos nem sob a pressão do medo;
· De contar com a companhia de outras
crianças;
· De ser orientada de acordo com a
verdade e a justiça;
· De ser poupada de sofrimentos
desnecessários;
· De ser protegida contra acidentes;
· De receber cuidados para que tenha
saúde física e mental;
· De comunicar-se, participar das
conversas, trocar idéias com os adultos;
· De receber afeto e elogio; um toque
carinhoso, um afago, um sorriso de aprovação, um olhar de encorajamento, um
incentivo constituem poderosos estímulos para o desenvolvimento da
personalidade infantil.
Para
o desenvolvimento harmonioso da criança requer-se ainda estabilidade e
segurança.
Eis
algumas indicações que podem orientar pais e educadores na convivência com a
criança:
· Não se impor pelo autoritarismo ou pelo
medo;
· Não impor um corretivo excessivo ou
desproporcional à atitude da criança;
· Tomar cuidado para não manifestar
rejeição, preferência nem provocar ciúmes;
· Cultivar o sentimento de justiça e de
responsabilidade;
· Manter a paciência e orientar,
lembrando-se de que, muitas vezes, a criança não tem consciência da gravidade
de seus atos;
· Lembrar-se de que, para a criança, vale
mais o que o adulto faz do que aquilo que diz;
· Despertá-la para a solidariedade, pois
a criança é naturalmente egoísta, levá-la a partilhar, dar, dividir.
O
ser humano depende muito do ambiente em que vive, principalmente do ambiente
doméstico. Afirma-se que ele é produto de suas potencialidades inatas, de seu
meio ambiente e da educação que recebe.
Os
pais, auxiliados por parentes, amigos e domésticos devem transformar o seu
indefeso que é a criança num indivíduo que tenha condições de enfrentar
problemas e situações conflitantes que a sociedade e a vida lhe apresentarem.
São
adequados os pais que desejam ver os filhos se desenvolver de acordo com os
padrões de sua individualidade, que procuram torná-los independentes, inseridos
na sociedade em que vivem, que dão condições para que desenvolvam suas
qualidades e habilidades; pais que realmente conhecem seus filhos, que
manifestam afeição e interesse pelo que se passa com eles, que demonstram
alegria de vê-los crescer e amadurecer cônscios de sua responsabilidade perante
a vida e a sociedade.
Os
pais podem buscar orientação em cursos, livros, mas não será o elevado grau de
cultura que irá garantir uma boa educação. Existem bons pais em todos os meios
e níveis culturais, sociais e econômicos.
O
bom senso, a intuição, a constante avaliação da própria conduta em relação aos
filhos, a permissão para que eles expressem seus sentimentos e exponham seus
medos, angústias, problemas, satisfações e alegrias - esses (dentre muitos) são
elementos que distinguem o bom pai, a boa mãe, o bom educador.
Bons pais e educadores
são aqueles que amam seus filhos e os querem ver realizados e felizes