Friday, May 22, 2015

O SENTIMENTO DE PERDA NUMA SEPARAÇÃO CONJUGAL



Toda perda vem seguida da dor, ainda que a pessoa esteja em um bom grau de maturidade pessoal.

Em processos de separação de casais é muito comum o forte sentimento de perda. O que fazer? Se necessário, não deixar de buscar ajuda psicológica, às vezes até antes do “advogado”. O objetivo seria garantir uma mudança de etapa mais tranqüila, desatando nós e resgatando aspectos positivos do relacionamento que poderão ajudar na fase de transição ou até mesmo possibilitar uma reconciliação.

Numa separação, tanto quanto possível, é necessário manter o respeito e o carinho um pelo outro, demonstrando para os filhos que são pessoas equilibradas e que continuarão sendo uma família.

O possível lado bom do processo


-          O medo da mudança, muitas vezes, é pior do que a mudança em si. Pense que você cumpriu uma etapa da vida e está dando início à outra.

-          Com o fim das brigas constantes, sua casa vai ficar mais tranqüila. Seu lar vai se tornar um porto, um refúgio, deixando de ser um lugar onde você não gosta de estar.

-          O relacionamento familiar vai ser simplificado. Você vai lidar com menos assuntos.

-          As circunstâncias podem levar seus filhos a se tornarem mais auto-suficientes e responsáveis. O resultado pode ser um aumento de auto-estima.

-          Você terá tempo para reavivar amizades, cuidar dos próprios interesses, resgatar antigos projetos, especialmente aqueles aos quais seu cônjuge não dava importância.

-          A tomada de decisões e a criação de um estilo próprio pode gerar novos hábitos. Lembre-se: você pode comer o que gosta, viajar quando e para onde quiser e ajeitar o orçamento de acordo com as suas prioridades.

-          Você descobrirá que é bastante capaz de caminhar com as próprias pernas e o seu espaço na cama e na casa vai aumentar.

Conversando com os filhos


-          Assegure aos filhos, qualquer que seja sua idade, que a separação não é culpa deles.

-          Não se refira ao cônjuge de maneira raivosa ou negativa. Lembre-se de que seus filhos têm sentimentos diferentes dos seus.

-          Evite discutir com o cônjuge na frente dos filhos.

-          Veja se consegue entrar em acordo com seu cônjuge sobre assuntos disciplinares.

-          Mostre ao seu filho que não há problema em amar o pai ou a mãe ausente e que viver com um ou outro não significa estar sendo desleal.

-          Não culpe o cônjuge que foi embora pelas ansiedades medos ou problemas da criança nessa fase difícil.

-          Ajude seus filhos a não sentirem vergonha do divórcio.

-          Não faça do seu filho um mensageiro entre você e o ex-cônjuge.

-          Não faça muitas mudanças de uma só vez na vida do filho.

-          Incentive os filhos a retomarem as atividades normais.

-          Tente manter o máximo de controle emocional que puder. Se você se desequilibra a todo momento, seus filhos também podem se tornar inseguros.

Fonte: Conversando sobre o divórcio,

de Vicki Lansky, Editora M. Books.