Toda
perda vem seguida da dor, ainda que a pessoa esteja em um bom grau de
maturidade pessoal.
Em processos de separação de casais
é muito comum o forte sentimento de perda. O que fazer? Se necessário, não
deixar de buscar ajuda psicológica, às vezes até antes do “advogado”. O
objetivo seria garantir uma mudança de etapa mais tranqüila, desatando nós e
resgatando aspectos positivos do relacionamento que poderão ajudar na fase de
transição ou até mesmo possibilitar uma reconciliação.
Numa separação, tanto quanto
possível, é necessário manter o respeito e o carinho um pelo outro,
demonstrando para os filhos que são pessoas equilibradas e que continuarão
sendo uma família.
O possível lado bom do processo
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O medo da mudança, muitas vezes, é pior do que a
mudança em si. Pense que você cumpriu uma etapa da vida e está dando início à
outra.
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Com o fim das brigas constantes, sua casa vai
ficar mais tranqüila. Seu lar vai se tornar um porto, um refúgio, deixando de
ser um lugar onde você não gosta de estar.
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O relacionamento familiar vai ser simplificado.
Você vai lidar com menos assuntos.
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As circunstâncias podem levar seus filhos a se
tornarem mais auto-suficientes e responsáveis. O resultado pode ser um aumento
de auto-estima.
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Você terá tempo para reavivar amizades, cuidar
dos próprios interesses, resgatar antigos projetos, especialmente aqueles aos
quais seu cônjuge não dava importância.
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A tomada de decisões e a criação de um estilo
próprio pode gerar novos hábitos. Lembre-se: você pode comer o que gosta,
viajar quando e para onde quiser e ajeitar o orçamento de acordo com as suas
prioridades.
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Você descobrirá que é bastante capaz de caminhar
com as próprias pernas e o seu espaço na cama e na casa vai aumentar.
Conversando com os filhos
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Assegure aos filhos, qualquer que
seja sua idade, que a separação não é culpa deles.
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Não se refira ao cônjuge de maneira raivosa ou
negativa. Lembre-se de que seus filhos têm sentimentos diferentes dos seus.
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Evite discutir com o cônjuge na frente dos
filhos.
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Veja se consegue entrar em acordo com seu
cônjuge sobre assuntos disciplinares.
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Mostre ao seu filho que não há problema em amar
o pai ou a mãe ausente e que viver com um ou outro não significa estar sendo
desleal.
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Não culpe o cônjuge que foi embora pelas
ansiedades medos ou problemas da criança nessa fase difícil.
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Ajude seus filhos a não sentirem vergonha do
divórcio.
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Não faça do seu filho um mensageiro entre você e
o ex-cônjuge.
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Não faça muitas mudanças de uma só vez na vida
do filho.
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Incentive os filhos a retomarem as atividades
normais.
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Tente manter o máximo de controle emocional que
puder. Se você se desequilibra a todo momento, seus filhos também podem se
tornar inseguros.
Fonte:
Conversando sobre o divórcio,
de Vicki Lansky,
Editora M. Books.