O
namoro é possivelmente o relacionamento mais bonito da nossa cultura, pois o
clima é traduzido pela alegria, pela paz e pela ternura.
O nAMORo pouco a pouco
foi se transformando, e hoje, às vezes, é chamado de “ficar”.
O relacionamento
afetivo é construção de uma situação para proporcionar felicidade. É a
modelação de uma intimidade, de um partilhamento, de uma troca. Nesta dimensão
existe a oportunidade de crescimento.
Em todo relacionamento com o outro,
aos poucos, os nossos limites vão se tornando claros. As dificuldades e os
defeitos de um e do outro vão aparecendo, e passam a exigir o desenvolvimento
da flexibilidade, do diálogo, da tolerância e do respeito à condição humana de
cada um. O namoro é na verdade uma escola. É o caminho do aprendizado, e cada
experiência concluída deve possibilitar a melhoria de cada um como pessoa.
O namoro também é uma tentativa de
preenchimento do espaço do “desejo”. É a primeira escolha.
As rosas são iguais, mas cada uma é absolutamente única.
A escolha faz da pessoa
comum, uma pessoa absolutamente especial.
O namoro também é o depositário da
esperança, da perspectiva em torno dos sonhos, do amanhã.
Este encontro homem-mulher é
universal, embora saiba-se que na vida a permanência é inexistente, mas
possibilita viabilizar família, filhos e casa. É o tempo do planejamento da
concretização dos desejos.
É comum que o namoro muito longo
comece a tornar-se ansioso, angustiado e interrogativo. Namorar não é casar,
mas a possibilidade presente na mente dos namorados é esta. Daí, a invenção de
“ficar” tornou-se, de certa forma, sábia, porque elimina esta ansiedade, não
traduz compromisso, nem aliança.
As brigas constantes no namoro são
fortes sinais de ciúme exacerbado, rivalidade e inveja.
A afeição é como dois pilares que
sustentam o teto, que de forma independente contribuem para manter este teto.
Ficar alegre com a alegria do outro,
compreender seus pontos fracos, aceitar o “não” e o “sim”; não se criticarem
desnecessariamente, não querer mudar o outro, evitar produzir medo ou culpa
no(a) companheiro(a) são pontos importantes para levar esta suave e saudável
brincadeira a sério.