Sinônimos: ressentimento, rancor ou até mesmo vingança.
A sua motivação encontra
fundamento na sensação de injustiça que possamos sentir, a partir do mal que
alguém nos fez ou faz.
Ressalte-se que pior do
que a mágoa é a sua permanência. Parece que ficamos incapazes de
parar de sofrer, mesmo com o passar do tempo.
Importa entender que é
praticamente impossível levarmos nossas vidas sem sermos machucados de vez em
quando pelas outras pessoas. É uma circunstância inerente à natureza humana,
daí um acúmulo de ferimentos que nos fazem pessoas sofredoras, amargas e
desiludidas.
É uma forma inconsciente
de guardamos para depois, coisas que não resolvemos na hora.
Como analisar?
Ora se não podemos respirar para amanhã
ou ontem, sabemos que a vida é vivida no presente; então as coisas só podem ser
vividas quando elas acontecem.
O sentimento de raiva por
qualquer ato produzido contra nós pelo outro, é até natural; o
que não é normal é transformá-lo em mágoa.
A MÁGOA É, POIS, A
RAIVA CONGELADA QUE FICOU GUARDADA PARA DEPOIS. É, segundo Guimarães
Rosa, “lamber frio o que o outro cozinhou quente demais para nós”.
O rancor dificulta a
aceitação da imperfeição humana idealizando um mundo sem falhas.
A mágoa é pois saudosista
e culposa, características de uma idéia vivenciada no passado.
SOLUÇÃO: O PERDÃO
O perdão alivia e cura. O
perdão é que nos faz sair da depressão para a alegria.
“Perdoai as nossas
ofensas, assim como nós perdoamos aqueles que nos ofendem”.
O beneficiário do perdão
não é a pessoa que nos ofende. O perdão é bom para quem perdoa, pois fica livre
da dor.
O PERDÃO É UM
PRESENTE DADO A SI MESMO.
Tenhamos em mente que ao perdoar não
estamos esquecendo, mas estamos parando de sofrer. É não se incomodar mais com
o que aconteceu. Também perdoar não é fazer de conta que nada aconteceu, é
rever a relação a partir da experiência acontecida.
Se mantivermos a mágoa, a
ela se adicionarão outras formas de vingança, como a hostilidade, frieza,
desprezo e traição.
CONCLUSÃOPerdoar aos outros é um presente que oferecemos a nós mesmos em nome do crescimento humano.
