Friday, May 22, 2015

SOLIDÃO



Analisando o “Felizes para Sempre” dos finais dos filmes românticos de Hollywood, observamos que estes enredos sempre trouxeram a idéia de que você só se realiza através de outra pessoa. Daí, a canalização de nossa energia para arranjarmos um(a) companheiro(a) ao invés de aprendermos a ser felizes.

A crença alimentada é de que só se pode ser feliz se tiver alguém; e que é natural e até justo sofrer por não ter ainda esse alguém.

ESTAR SÓ

SOLIDÃO

- Fato objetivo.
Sensação natural de SER só.
- Pode-se estar só em um determinado
momento.


O vazio natural que o ser humano sente pode ser raiz de frustrações.

Analisemos estas colocações:

“Ele(a) não me fez feliz”.

“Prometo que vou fazer você feliz”.

Será que alguém tem o poder de preencher as falhas de outra pessoa?

A solidão pode, se acentuada, chegar ao estado doloroso de mendicância, falta, carência, necessidade mesmo. O ser humano parece resistir à sua capacidade de existência autônoma. A forte carência afetiva é a raiz da solidão.

Conseqüências:
·         Risco de escolher qualquer pessoa para nos preencher.·         Escolha equivocada, feita a qualquer preço, poderá não nos fazer felizes e nos remeter, ao término, a uma solidão ainda maior.

O ENCONTRO DE SOLITÁRIOS


Pode ser que venha a constituir-se em uma relação dolorosa e frustrante, porquanto “mendigos”; podendo ocorrer uma exploração mútua, caracterizada pelo ciúme, apego excessivo, controle, posse ou cobrança do amor do outro.

A SOLIDÃO É DE CERTA FORMA UMA INCAPACIDADE DE AMAR.

O amor é partilha de afeto, alegria, construção de vida.

A pessoa amorosa (mesmo não casada) sente necessidade de se expandir, de novas amizades, de crescimento pessoal, de contribuir com um mundo melhor. A auto-estima é resultado da sua capacidade de amar e não conseqüência do fato de ser amada.

A sociedade é que insiste que só namorando ou casando poderemos ser felizes; talvez seja por isso que depois que as pessoas se encontram (atendendo ao que a sociedade enfatiza), os relacionamentos se deterioram, porque não há mais crescimento emocional, desenvolvimento de potencialidades, procura e incremento do auto-amor.

Trocar de companheiro ou companheira, se acreditarmos que é o outro que nos faz felizes, não é solução. Ser só também não é sinônimo de tristeza ou fracasso.
A felicidade é interna, pessoal, intransferível. É busca individual. Quando se alcança, é natural querer alguém para compartilhar.