Friday, May 22, 2015

MEDO DE VIVER



O natural do ser humano é ter alegria, espontaneidade, contato com o mundo, construção da realidade e amor ao dom de viver. Quando ocorre uma depressão, este comportamento se inverte e a pessoa passa a desejar a morte como tentativa de fugir do sofrimento.

O medo da vida, de não conseguir superar os problemas, das ameaças de abandono conduz a um profundo estado de ansiedade. É o preparo para uma luta.

FUGIMOS OU ENFRENTAMOS ?


Fugir normalmente é a atitude quando a auto-estima está baixa, quando a pessoa sente-se frágil e impotente para enfrentar os obstáculos.

O relacionamento humano estrutura-se sob duas formas:

I)                   Como uma brincadeira amorosa, quase lúdica, com graça, alegria, voltada para o prazer, a amizade, o compartilhamento, a aliança;

II)                Como um jogo de competição, disputa e hostilidade.

Na primeira forma, ambos (todos) ganham. É o fundamento do amor. É o encontro afetivo se edificando.

Na segunda forma, ao contrário, há um comportamento destrutivo, possessividade e desamor; embora exista um forte conteúdo emocional.

Quando o relacionamento é conturbado, cheio de ciúmes e rivalidades, mesclado com ameaças, desprezos e abandonos periódicos, as pessoas estão jogando (e pesado). Neste comportamento, um dos parceiros tenta alimentar no outro o medo da perda, de sua dispensabilidade. É comum também que aquele que percebe a possibilidade de seu abandono, tente manipular e controlar o outro através do medo e da culpa; para que a perda não se concretize.

(Suicídio é jogo extremo)

A pessoa se mata para matar o outro psicologicamente, possivelmente através do remorso. É um tapa na cara de quem fica (no mundo).

Autodesprezo e auto-extermínio não fazem sentido para aquele que aprende a viver e a ser feliz.
Para refletir : “ A verdadeira afeição na longa ausência se prova”. Camões