O
natural do ser humano é ter alegria, espontaneidade, contato com o mundo,
construção da realidade e amor ao dom de viver. Quando ocorre uma depressão,
este comportamento se inverte e a pessoa passa a desejar a morte como tentativa
de fugir do sofrimento.
O medo da vida, de não conseguir
superar os problemas, das ameaças de abandono conduz a um profundo estado de
ansiedade. É o preparo para uma luta.
FUGIMOS OU ENFRENTAMOS ?
Fugir normalmente é a atitude quando
a auto-estima está baixa, quando a pessoa sente-se frágil e impotente para
enfrentar os obstáculos.
O relacionamento humano estrutura-se
sob duas formas:
I)
Como uma brincadeira amorosa, quase lúdica,
com graça, alegria, voltada para o prazer, a amizade, o compartilhamento, a
aliança;
II)
Como um jogo de competição, disputa e
hostilidade.
Na primeira
forma, ambos (todos) ganham. É o fundamento do amor. É o encontro afetivo se
edificando.
Na segunda forma, ao
contrário, há um comportamento destrutivo, possessividade e desamor; embora exista
um forte conteúdo emocional.
Quando o relacionamento é
conturbado, cheio de ciúmes e rivalidades, mesclado com ameaças, desprezos e
abandonos periódicos, as pessoas estão jogando (e pesado). Neste comportamento,
um dos parceiros tenta alimentar no outro o medo da perda, de sua
dispensabilidade. É comum também que aquele que percebe a possibilidade de seu
abandono, tente manipular e controlar o outro através do medo e da culpa; para
que a perda não se concretize.
(Suicídio é jogo extremo)
A pessoa se mata
para matar o outro psicologicamente, possivelmente através do remorso. É um
tapa na cara de quem fica (no mundo).
Autodesprezo e
auto-extermínio não fazem sentido para aquele que aprende a viver e a ser
feliz.
Para refletir : “ A verdadeira
afeição na longa ausência se prova”. Camões