A
raiva é um sentimento inerente ao ser humano. A energia da raiva pode ser
utilizada como força determinante para a solução de conflitos; contudo,
infelizmente, a usamos para destruição (de uns aos outros).
O sentimento da raiva é como uma
faca que tem suas finalidades benéficas e maléficas. Quando este sentimento é
usado para crescimento da relação e para a compreensão do problema, centra-se
naturalmente na busca da verdade e numa tentativa de negociação. Ao contrário,
quando se coloca como instrumento de hostilidade e competição, passa a
situar-se na ofensa mútua, na destruição da imagem, na adjetivação cruel, no
espetar os pontos francos do outro, num comportamento de humilhação e
submissão. Não é uma forma adequada de resolver, e sim de mostrar que se tem
razão e que o outro está errado.
A grande meta da vida é a
possibilidade da felicidade e do prazer. Indicar defeitos e desqualificar o
outro é incutir nele os sentimentos de medo, culpa e vergonha. Esta situação
tende a minar a auto-estima e piorar a relação afetiva. Quando saímos de uma
situação com briga, saímos piores do que entramos. É a chamada “terra
arrasada”.
A raiva não pode servir de
justificativa para tirar o valor do outro enquanto pessoa.
A briga entre pessoas de bom
relacionamento se encaminha à resolução do conflito. A briga entre inimigos
tende à destruição e ao rompimento definitivo.
É fundamental tentar separar o
erro, da pessoa que errou.
Toda relação que contém afeto deve
ser preservada. Todos nós somos pessoas imperfeitas, humanas e falíveis, somos
diferentes e temos pontos fracos. É neste contexto que entra a verdadeira
amizade, quando se consegue respeitar e conviver com os defeitos do próximo.
Alfinetar feridas é abrir fissuras
mais profundas no relacionamento.
Os nossos maiores medos são os da
morte (vida) e do abandono (amor). Por isso a insegurança exagerada pode ferir
a admiração.
AMEACE ALGUÉM E EM POUCO TEMPO
ELE PERDERÁ O AMOR POR VOCÊ.
A questão então não é evitar
desentendimentos (isto seria impossível), é conseguir passar por eles com
dignidade e respeito.