Friday, May 22, 2015

LIMITES NOS DESENTENDIMENTOS CONJUGAIS



A raiva é um sentimento inerente ao ser humano. A energia da raiva pode ser utilizada como força determinante para a solução de conflitos; contudo, infelizmente, a usamos para destruição (de uns aos outros).

O sentimento da raiva é como uma faca que tem suas finalidades benéficas e maléficas. Quando este sentimento é usado para crescimento da relação e para a compreensão do problema, centra-se naturalmente na busca da verdade e numa tentativa de negociação. Ao contrário, quando se coloca como instrumento de hostilidade e competição, passa a situar-se na ofensa mútua, na destruição da imagem, na adjetivação cruel, no espetar os pontos francos do outro, num comportamento de humilhação e submissão. Não é uma forma adequada de resolver, e sim de mostrar que se tem razão e que o outro está errado.

A grande meta da vida é a possibilidade da felicidade e do prazer. Indicar defeitos e desqualificar o outro é incutir nele os sentimentos de medo, culpa e vergonha. Esta situação tende a minar a auto-estima e piorar a relação afetiva. Quando saímos de uma situação com briga, saímos piores do que entramos. É a chamada “terra arrasada”.

A raiva não pode servir de justificativa para tirar o valor do outro enquanto pessoa.

A briga entre pessoas de bom relacionamento se encaminha à resolução do conflito. A briga entre inimigos tende à destruição e ao rompimento definitivo.

É fundamental tentar separar o erro, da pessoa que errou.

Toda relação que contém afeto deve ser preservada. Todos nós somos pessoas imperfeitas, humanas e falíveis, somos diferentes e temos pontos fracos. É neste contexto que entra a verdadeira amizade, quando se consegue respeitar e conviver com os defeitos do próximo.

Alfinetar feridas é abrir fissuras mais profundas no relacionamento.

Os nossos maiores medos são os da morte (vida) e do abandono (amor). Por isso a insegurança exagerada pode ferir a admiração.

AMEACE ALGUÉM E EM POUCO TEMPO ELE PERDERÁ O AMOR POR VOCÊ.
A questão então não é evitar desentendimentos (isto seria impossível), é conseguir passar por eles com dignidade e respeito.